domingo, 6 de novembro de 2011

Adiós amigos: Produção de CDs será encerrada no fim de 2012


Isso mesmo. As grandes gravadoras planejam abandonar o formato CD pelo fim de 2012 [ou até mesmo antes] e substituí-lo com lançamentos somente através de downloads/streams por meio do iTunes e serviços relacionados à música. Os únicos lançamentos a resistir em CD serão os de edições limitadas, que claro, não estarão disponíveis para todo e qualquer artista. O modelo de distribuição para esses poucos lançamentos em CD seria primariamente por meio do [site] Amazon, que já é o maior varejista de CDs do mundo, de qualquer modo.

Três semanas atrás, tais rumores surgiram pela primeira vez, mas até agora, nem a EMI, nem a Universal e tampouco a Sony concordaram em comentar o assunto.

A notícia não chega a ser exatamente uma surpresa praqueles que trabalham no ramo. Em um artigo publicado sobre o staff da [empresa] Alfa Matrix em junho de 2011 na primeira edição de ‘Matrix Revelations’, o editor-chefe do site Side-Line.com, BERNARD VAN ISACKER disse o seguinte quando perguntado se o CD ainda existiria em cinco anos: “Sim, mas em um formato diferente. Os CDs normais não estarão mais disponíveis porque eles não oferecem valor suficiente, as edições limitadas, no entanto, continuarão a ser vendidas e terão demanda por mais alguns bons anos. Eu, por exemplo, só compro edições limitadas por causa do valor agregado que elas oferecem: um belo design, material bônus, etc. O álbum, tal como o conhecemos agora, estará morto dentro de cinco anos, talvez antes. Eu prevejo que os downloads terão substituído o CD dentro dos próximos dois anos. Eu não vejo isso como algo negativo, deu o que tinha que dar, vamos dar espaço pra edições limitadas [incluindo reedições em vinil para os artistas de maior representação] e pros downloads ao invés disso.” 

É uma manobra que faz total sentido. CDs custam dinheiro, mesmo que eles não vendam nada, porque há custos de estoques a serem cobertos; uma gravadora também paga a distribuidores para que os CDs sejam devolvidos a ela quando ele não é vendido e por aí vai. Resumindo, abandonar o formato CD tornará possível o foco absoluto no lançamento e no marketing de um trabalho e não mais na distribuição [já que outros se encarregarão de despachar o produto para o mundo todo] e na – cara – manutenção de estoques. A longo prazo, isso quase certamente significará o fim de muitas lojas de discos ao redor do mundo que só estocam e vendem lançamentos em CD. No Reino Unido, por exemplo, a [rede de lojas] HMV já tem problemas em pagar as gravadoras e mais acontecerá nesse sentido. A distribuição de CDs tornou-se simplesmente inviável.

A Amazon também se beneficiará disso já que com certeza se tornará o único agente de distribuição mundial de distribuição seu serviço Amazon MP3, a empresa tende a estabelecer um semi-monopólio.

O próximo monumento a ruir? Serão as revistas impressas, uma vez que as pessoas vão querer consumir informação online, onde elas lêem a maioria das notícias.

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