sexta-feira, 15 de junho de 2012

Matanza: "No Brasil, a putaria está comendo solta!"

Acaba de ser veiculada no Youtube a edição #37 do Programa MoitaRock (www.moitarock.com). Desta vez, o programa contou com a participação do vocalista do MATANZA Jimmy London. O “gigante irlandês”, como era apelidado na época de RockGol MTV, contou sobre o próximo passo da banda e sobre a putaria que os brasileiros tem que engolir em um país onde a política é uma piada. Confira trechos abaixo.

Sobre o ex-guitarrista Donida, Jimmy brinca:

“O Donida continua na banda. A gente sempre fala que o MATANZA é uma banda de cinco pessoas. Ele ainda compõe, grava em estúdio e faz as capas. Óbvio que fica um pouco difícil levar ele pro estúdio porque tem toda uma logística... Tem o cara que dirige a ambulância do hospício, tem o cara que tira a camisa de força e tudo mais. Aí a gente deixa ele trancado lá compondo. E claro que um maluco trancado fica cada vez mais psicopata e vai escrevendo cada vez mais merda. Atualmente a gente trata ele com muito amor, carinho e pizza, que é o que passa por debaixo da porta.”

Sobre o futuro da banda:

“A gente tá com umas idéias meio malucas aí de pegar umas músicas muito antigas, de antes do primeiro disco (Santa Madre Cassino, 2001). Aí a gente vai, talvez, lançar um vinil, a gente não sabe bem ainda.”

Na opinião de Jimmy, quem no nosso país merece levar um pé na porta e um soco na cara?

“Merece levar um pé na porta e um soco na cara todo mundo que acha que é essa merda mesmo, que não dá pra fazer nada pra mudar, que dá uma sambadinha e aguenta uma trolha deste tamanho o resto do ano no cu! A coisa ta demais, a putaria tá comendo solta. O governo faz um contrato ‘cupim’, a gente entra com o cu e os caras só ‘pim, pim, pim...’ E não adianta ficar sentado reclamando com a bunda na cadeira. Toma uma merda de uma atitude! A proposta do Matanza, inclusive, também é essa. Mas a gente não põe o dedo na cara de ninguém dizendo ‘ah, eu sou o fodão!’ A gente é uns merda também! Mas a galera tem que procurar se conscientizar porque a coisa pode ficar muito melhor do que a merda que ta.

Confira abaixo o vídeo da entrevista completa e ainda concorra ao disco “A Arte do Insulto”, de 2006.

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