A organização do Metal Open Air recebeu no final tarde desta quinta-feira (19), véspera da abertura oficial do evento, uma lista de exigências a serem cumpridas até 13h30 desta sexta (20), para que o festival possa prosseguir.
Os tópicos foram apresentados em reunião de que participaram, além dos responsáveis pelo evento – que acontece em São Luís e vai até domingo –, representantes do Procon, do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária do Maranhão.
Os promotores do MOA disseram ter assinado um relatório com orientações dos três órgãos, que na manhã desta quinta (19), fizeram uma vistoria no Parque Independência, local que recebe o festival. Entre os apontamentos do Procon está: "campistas deverão ter seu direito resguardado de ir e vir durante todo o período do evento". O tópico refere-se ao fato de que, inicialmente, o público do camping só poderia consumir alimentos adquiridos dentro do espaço do festival. Agora, os frequentadores do espaço poderão, se quiserem, comer do lado de fora do Parque Independência - a proibição de se entrar com comida, entretanto, permanece.
Caso não sejam cumpridas todas as exigências, o Procon/MA, segundo explicou o supervisor Bruno Leal ao G1, vai acionar o Ministério Público do Maranhão para que tome as providências cabíveis, referentes aos quesitos de segurança e e defesa dos direitos do consumidor.
Logo após a reunião, o supervisor de Estudos das Relações de Consumo do Procon/MA, Bruno Leal, garantiu que a vistoria realizada é um procedimento de praxe daquele Órgão. “Até o momento, o Festival não correu nenhum risco de ser cancelado, mas estamos acompanhando todas as etapas”, garantiu.
O Corpo de Bombeiros do Maranhão também garantiu que irá acompanhar todos os requisitos de segurança, com a finalidade de “preservar” os participantes do Festival. “Vamos realizar mais uma vistoria, para ver se todas as exigências foram cumpridas”, disse o Oficial dos Bombeiros Nadson Guimarães.
No laudo do Corpo de Bombeiros, está dito que "o Corpo de Bombeiros constatou problema com a disponibilização de extintores de incêndio no evento, problema esta que deverá ser analisado pelo próprio Corpo de Bombeiros em uma nova vistoria".
Com relação à Vigilância Sanitária, o relatório traz um item sobre o estúdio de tatuagem. Sobre isso, o texto diz o seguinte: "Ressalta-se a importância de verificar as condições higiências do estúdio de tatuagem, bem como a existência de autorização da vigilância sanitária, conforme anunciada pelo evento, porém, o representante do MOA informou que não haverá mais o estúdio de tatuagem no local do referido evento".
Camping
Previsto para iniciar oficialmente na manhã desta sexta (20), quando as primeiras bandas deverão fazer os shows de abertura, o MOA não tinha, até o começo da tarde desta quinta, concluído a montagem dos palcos. “É um festival muito grande e a gente não contava com toda essa chuva”, afirmou ao G1, que visitou o espaço, o responsável pela empresa encarregada de montar os palcos, Sérgio Rocha. “Mas todo mundo pode ficar tranquilo. Hoje à noite a gente finaliza tudo, faz teste de som e amanhã abriremos os portões com tudo pronto, conforme o planejado.”
"Na tarde desta quinta (19), véspera do início do festival, família de Mogi Guaçu, SP, não sabia onde era a área do camping (Foto: Igor Almeida)"
Os fãs, por sua vez, manifestaram-se contra a demora para a liberação da área do camping. “Para ser sincera, fiquei com o pé atrás. A gente chegou e entrou só com os vouchers comprados na internet, pra efetuar a troca aqui”, disse Sandra Rodrigues, de Mogi Guaçu, município do interior de São Paulo.
Acompanhada dos sobrinhos, ela reclamava: “Foi muito fácil entrar e não encontramos ninguém para falar com a gente e nem pra dizer ao menos onde vai ser o camping, como vamos trocar os vouchers". Por telefone, a assessoria de imprensa do MOA reconheceu o problema, mas argumentou que o horário previsto para abertura do camping era 14h desta quinta – e não 9h.
Área prevista para os camarins não estava pronta até às 15h desta quinta-feira (Foto: Zeca Soares)
Em visita ao Parque Independência, local onde acontece o evento, que vai até domingo, o G1 observou que os camarins destinados aos artistas ainda não estavam prontos e praça de alimentação não existia.
A organização do evento afirmou que todas as exigências legais foram cumpridas e que os problemas que ocorreram, foram de inteira responsabilidade de fornecedores contratados. “Fizemos tudo como estava previsto, mas os fornecedores não cumpriram com os prazos informados. Sabemos de todas as exigências e, inclusive, já estamos trabalhando para garantir aos fãs o que foi anunciado”, finalizou Natanel Júnior, representante do MOA.
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