sexta-feira, 30 de março de 2012

Slash: a vantagem do formato analógico para o Rock'n'Roll

Graham "Gruhamed" Hartmann, correspondente do site Loudwire, recentemente conduziu uma entrevista com o antigo guitarrista e alma do GUNS N´ROSES, SLASH. Confira alguns trechos da conversa:

Sobre ter gravado o álbum "Apocalyptic Love" em analógico e o fato de que poucas bandas e artistas fazem isso hoje em dia:

"Eu fiz o último álbum em analógico também. Acredito piamente que a fita soa muito melhor para gravar bandas de Rock n´Roll. É muito melhor. E se você ainda puder colocar em vinil, se tornará a melhor experiência de escuta. E eu fiz bastante gravação digital para ter certeza do que eu realmente gosto. As fitas não são produzidas hoje em dia como antigamente. Se você puder encontrá-las, para mim é uma maneira ótima de gravação. E é super caro hoje em dia."

Sobre seu estilo de tocar e o que os fãs podem esperar de "Apocalyptic Love":

"Creio que é bem simples, direto ao Rock. Bem próximo ao que eu faço. Eu realmente não posso dizer nada sobre estilos fora do que as pessoas estão acostumadas com o que vem de mim. A maior diferença é porque gravamos o disco ao vivo, espontaneamente."

"Não usamos metrônomo (instrumento usado para medir o tempo e marcar o compasso de composições musicais). Nós contamos tudo por nós mesmos. Não acho que usamos cliques - talvez em algumas músicas - mas foi todo mundo tocando no momento. É, provavelmente, o disco mais espontâneo que já fiz."

Sobre as contribuições do vocalista Myles Kennedy:

"Bem, ele é um grande vocalista, tem um grande estilo lírico e, considerando tudo, se trata de sua personalidade como frontman, por isso é difícil que eu explique algo além de ele ser um ótimo cantor e um ótimo compositor."

Sobre a evolução de sua mentalidade criativa ao longo dos anos:

"Eu venho fazendo isso há muito tempo, então tenho muitos anos de experiência sob minha carreira comparando com quando eu comecei. Cada gravação é diferente. Toda vez que você faz um álbum é um pouco diferente. Não há um padrão para fazê-lo. Com este álbum (Apocalyptic Love) em particular, eu escrevi tudo na estrada, o que é muito diferente para mim em relação a quando eu comecei, obviamente. Não é como uma espécie de estado Zen em que você tem que entrar antes de poder criar qualquer coisa. Então, é apenas quando você está naquele momento particular que as idéias vão chegando."

Sobre ter escrito o álbum inteiro na estrada e sobre as inspirações:

"É que você está na estrada, então você está indo escrever em algum lugar (risos). Se você está em tour, você escreve durante ela. Se estiver em casa, faz isso em casa. Passamos muito tempo na estrada na última turnê, então comecei a compilar idéias enquanto estava fora. Acho que a diferença de antes para hoje em dia é que ao invés de estar perdendo tempo no bar do hotel ou na rua atrás de drogas, eu me encontro mais ocupado compondo."

Sobre estar fora de sua zona de conforto para escrever um álbum:

"Não sei se este é o caso, estar fora da zona de conforto para escrever, a menos que queira escrever sobre algo extremamente desconfortável (risos). Alguns escritores, pessoas que escrevem livros ou jornalistas, se colocam em situações estranhas para que eles possam escrever efetivamente sobre o que estão envolvidos, mas sobre escrever canções não vejo qualquer razão pela qual você gostaria de estar fora da sua zona de conforto."

Sobre sua participação no documentário sobre a Sunset Strip, a revolução musical e todos os excessos que aconteceram lá:

"Eu não tenho idéia. Alguém me falou sobre isso. Alguém deve ter me entrevistado em alguma época e depois me disse que havia uma entrevista. Acho que o Matt Sorum tem a ver com isso. Tenho uma história muito forte sobre aquela área, mas eu não me lembro de nada (risos). Foi há muito tempo atrás."

"Eu não sei. Fiz uma entrevista e nem me lembro qual era o contexto. Esqueci tudo sobre ela e alguém me perguntou sobre isso. Eu só fui lembrado sobre isso recentemente."

Sobre os comerciais para o jardim zoológico de Los Angeles com Betty White (atriz, comediante, escritora e apresentadora norte-americana) e como surgiu essa oportunidade:

"Betty e eu estamos no conselho do Zoológico de Los Angeles. Somos as figuras públicas mais conhecidas lá. Então, há uma exposição aberta lá que foi aguardada por muitos anos, que é a nova exposição de répteis. E eu sou um grade defensor, de alguma forma, da espécie. Então eles vieram até nós e perguntaram se nós gostaríamos de fazer alguns anúncios para ajudar a promover a inauguração do 'The Lair' - como é chamada a exposição. Nós dissemos que sim e então eles criaram estes comerciais que nós achamos muito engraçados e depois passamos uma tarde no zoológico filmando. Mas eu conheci Betty há 5 ou 6 anos atrás."



"Sempre fui fã dela, desde (a série de TV dos anos 70) "Mary Tyler Moore" e ela sempre foi assim, engraçada, cheia de energia, forte e hilária. Então, sim, tivemos bons momentos."

Sobre como é ser membro do conselho do Jardim Zoológico de Los Angeles:

"Há muita coisa que acontece, especialmente porque, no momento, o zoológico é administrado pela cidade e estamos tentando mudar isso para que ele seja um zoológico privado - então há uma enorme burocracia que acompanha o processo - mas nada tendo a ver com o orçamento do zoológico, que tem a ver com novos animais entrando e outros saindo. Tivemos um problema há poucos anos com um elefante que moveríamos para um novo local, e houve alguns confrontos com o pessoal dos direitos dos animais. Coisas assim. Sempre há coisas acontecendo com o zoológico e o conselho decide tudo."

"É muito complicado. Há um monte de peças móveis. É tudo política."

Sobre as bandas novas e se alguma delas serviu de inspiração para o novo álbum:

"Definitivamente não há nenhuma banda nova que eu tenha tirado inspiração para o disco, mas há algumas bandas novas... é um momento estranho no mundo do Rock e creio que um monte destas novas bandas têm um tipo de energia diferente daquela que me inspirava. A última grande safra de novas bandas que eu me lembre foi no início dos anos 90. E desde então tem sido um pouco lento, mas existem algumas ótimas bandas novas. Eu acho o LAMB OF GOD do caralho. Há mais coisas acontecendo no metal pesado. Você tem a qualidade de bandas como o SHINEDOWN, que vai para a estrada com a gente e são uma boa banda. O FIVE FINGER DEATH PUNCH é outra ótima banda. Há muitas outras bandas que são como essas que eu creio que são realmente muito boas, mas definitivamente não tive qualquer inspiração no novo álbum delas."

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