quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mötley Crüe: resenha e fotos impressionantes do SSMF 2011

Loiras fazendo chifrinhos enquanto sentadas nos ombros de seus namorados bêbados encararam a pirotecnia e os descaradamente indulgentes solos de bateria e guitarra, e levantaram seus isqueiros durante as baladas obrigatórias. E foi assim que o show do MÖTLEY CRÜE, que encabeçava o casting do Sunset Strip Music Fest desse ano compilou todos os clichês do Metal das antigas.



Mas ao mesmo tempo em que a extravagância da banda no palco cheirava a naftalina –e eles estavam completando 30 anos juntos, o evento em si não teve nada de ‘Spinal Tap’ nem de ‘tiozinho’. A marca de hard rock do Crüe pode não ser o que está na moda no momento, mas tal como seus colegas OZZY OSBOURNE e SLASH «que foram honrados pelo SSMF nos dois últimos anos», Nikki Sixx, Vince Neil, Mick Mars e Tommy Lee já se elevaram acima do nível no qual as coisas são definidas pela moda.



O Mötley Crüe foi honrado na House of Blues na quinta-feira passada, 18 de Agosto, que foi instituído como ‘Dia do Mötley Crüe’ em West Hollywood. Ray Manzarek «THE DOORS», Neil Strauss «autor de ‘The Dirt’, a biografia do grupo», David Johansen «New York Dolls» e o humorista Dane Cook disseram algumas palavras, em sua maioria sobre as proezas da banda, naturalmente. Poucas bandas na história do rock personificaram tão bem o já batido credo na trindade ‘sexo, drogas e rock n’ roll como o Crüe. Strauss forneceu a melhor definição: “Eles estavam pouco se fudendo.”



Já na apresentação do Crüe, as versões de ‘Home Sweet Home’ e ‘Girls Girls Girls’ foram os pontos altos do set no sábado, em especial a primeira, na qual Lee desceu de sua bateria para tomar posse do piano, também homenageando a rua aonde ele ‘tropeçou e vomitou’ muitas vezes.



Louros sejam dados a Neil, cujo desempenho vocal foi lindo em ‘Home Sweet Home’, que alcançou as notas mais altas em outros clássicos como ‘Live Wire’ e ‘Shout At The Devil’. Neil sempre foi considerado um melhor frontman do que vocalista, mas depois de sábado, isso precisa ser revisto. Seja devido a sua sobriedade após alguns recentes problemas relacionados à bebida ou não, ninguém sabe, mas sua voz estava surpreendentemente potente e impressionou em todas as músicas.



O repertório da banda foi galgado principalmente na era pós ‘Theatre of Pain’ e faixas como Too Fast For Love tiveram sua ausência sentida. No mais, o set list foi basicamente o mesmo apresentado ao longo de todo esse ano, e 17 mil pessoas testemunharam o solo de Tommy Lee em sua bateria giratória antes de serem cobertas por dezenas de litros de sangue artificial derramados sobre elas.
Fotos cortesia de Mike Skillsky.

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