Há exatos 25 anos os Smiths lançaram The Queen is Dead o seu disco mais emblemático. Desde então ele é figura fácil em qualquer lista de "grandes discos já feitos".
Mas o que esse disco tem de tão especial? Além de ser o álbum mais coeso do grupo ele marcou o auge da parceria Morrissey/Marr. Aqui os dois ainda estavam em paz e compondo alucinadamente.
The Queen is Dead também é o disco mais variado da banda, onde o quase hard rock da faixa título convive com baladas rasgadas (I Know It's Over) ou com os singles de pop perfeito (The Boy With The Thorn In His Side e Bigmouth Strikes Again que tocaram, e bastante, até nas rádios brasileiras mais comerciais). Espertamente o grupo também soube dosar os momentos mais intensos (There Is A Light That Never Goes Out ou Never Had No One Ever) com pequenas pausas, momentos quase irônicos como o rockabilly de Vicar In A Tutu ou a inacreditável Some Girls Are Bigger Than Others.
O resultado final cativou a crítica e o público (até os americanos se renderam) e comprovou que naquele momento os Smiths eram realmente a banda mais importante do mundo. Infelizmente tudo estava com hora para acabar. Após lançarem mais alguns singles e um álbum (Strangeways Here We Come de 1987) o quarteto que tinha tudo para explodir (incluindo um mega contrato com a EMI) acabou implodindo em meio a crises de todas as ordens (pessoais e empresariais, além dos eventuais problemas com álcool e drogas).
Desde então Morrissey seguiu em bem sucedida carreira solo e o guitarrista Johnny Marr além de ter feito alguns projetos pessoais como o Electronic (com Bernard Summer do New Order) se tornou o "guitarrista de aluguel" por excelência tendo tocado com os Pretenders, The The, Talking Heads e mais recentemente com o Modest Mouse e os Cribs. Os outros dois integrantes - o baixista Andy Rourke e o baterista Mike Joyce - tentaram sobreviver do jeito que deu. Andy atualmente é DJ em uma radio americana e Joyce ganha a vida discotecando pelo mundo.
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