sexta-feira, 18 de maio de 2012
Zakk Wylde: ‘Conheço a maioria dos que postam no Blabbermouth’
ZAKK WYLDE sempre tem o que dizer. Em uma entrevista recente com o jornalista John Parks do site Legendary Rock Interviews, Zakk fala sobre tudo desde seus anos com Ozzy até sua batalha com o álcool e sua família.
Em seu recente livro, ‘Bringing Metal to the Children’, ele dispara sobre o que ele chama de ‘a estupidez generalizada da indústria musical, a insanidade de tudo isso. ’
O que segue abaixo é uma compilação de trechos traduzidos da entrevista:
LRI: O que lhe levou a escrever todas essas histórias e deixar o mundo boquiaberto?
Zakk: Simplesmente a estupidez generalizada da indústria musical, a insanidade de tudo isso. A leitura é direta como eu estou falando com você, John, como se estivéssemos jogando conversa for a, como velhos amigos que se conhecem há dez anos e passamos por toda essa merda. Eu digo logo na introdução que eu gostaria de agradecer a Deus, Jesus Cristo por me dar essa vida e criar esse elenco de tipos com os quais a vida me abençoou. Sério, na real, meus amigos, as pessoas na minha carreira, você não teria como INVENTAR essas pessoas, é mais ridículo do que ‘Seinfeld’. Meus amigos me dizem ‘Zakk, essas são histórias que aconteceram mesmo e você está aumentando e detalhando os eventos’, e eu respondo ‘Sim, eu sei!!’ [risos]. Eu gostaria de TER inventado algumas dessas coisas. Às vezes eu fico bobo com as coisas que meus amigos me contam, tipo ‘e daí você lembra daquela vez que a gente estava no rolê e tinha aquela puta de rua’, e eu digo, ‘Huh? O que? Você está me zoando’, e eles respondem, ‘Não, cara, isso aconteceu mesmo numa noite quando estávamos todos bebendo naquele pub irlandês em Jérsei. ’ Foi depois da troca de algumas centenas de ‘Não, eu não estou brincando’ que eu decidi que tínhamos que escrever tudo em um livro. Isso é realmente a verdade e todo mundo com quem eu falo, seja meu cunhado ou meu empresário, qualquer pessoa, todos eles sabem dessas histórias e a maioria delas é de assustar. Eu digo no livro que uma coisa na indústria musical é que não há regras. Não é como o futebol ou algo onde há objetivos e regras. Não há regras. Não há regras no ramo do entretenimento. Sempre foi assim, desde Peter Grant com o Led Zeppelin. Eles diziam pra ele que ficariam com 90 centavos de cada dólar e ele receberia 10 centavos e ele mandava, ‘Não, quer saber, é o contrário, NÓS ficamos com 90 centavos e você recebe 10.’ Disseram que ele estava quebrando as regras e que havia dez outras bandas e ele disse que os promotores poderiam ficar com aquelas dez outras bandas cu d’água porque ele tinha UM Led Zeppelin. Ele dizia, ‘Vocês ganharão mais dinheiro com dez centavos a cada dólar de nosso show do que com todas essas outras bandas de merda juntas’. Esse negócio faz as regras enquanto o jogo rola e as pessoas como ele podem e MUDAM as regras ou as criam no meio. É um mundo louco e imprevisível.
LRI: Eu acreditava piamente que Ozzy era um mago sombrio que cuspia fogo e fui aos bastidores e encontrei um cavalheiro se exercitando de roupão com uma equipe de assistentes.
Zakk: Sim, eu sei. Vamos colocar dessa maneira, é como um show de mágica. Você chega até o outro lado e você começa a descobrir como os truques acontecem, você aprende com as pessoas são serradas ao meio. O que digo é, não me entenda mal, existem as histórias naipe Calígula do Led Zeppelin, eu já testemunhei várias. È tudo muito comum, apesar disso, você e eu poderíamos sair à caça de devassidão e facilmente encontrar tudo isso e muito mais na cidade onde todo mundo fica chapado e a palhaçada começa a rolar. Se você quiser se colocar nessa posição, isso inevitavelmente vai acontecer, mas na maioria das vezes é apenas uma noite leve, ir ao cinema. Isso rola nas turnês também, algumas vezes é insanidade, algumas vezes você fuma um charuto e toma uma e vai pro ônibus e apaga, entende? Depende completamente do que você está procurando e esse livro reflete isso. Se você quiser a insanidade, você pode encontra-la [risos] ou você pode ir atrás dos jogos de tabuleiro, bingo e maratonas de Seinfeld [risos]. É muito engraçado o quão diferente a realidade pode ser daquela percepção que você tem aos 15 anos de idade.
LRI: É legal que você juntou todo mundo na sua vida nessas histórias, mesmo sua família. Houve alguma preocupação que você pudesse ser franco demais?
Zakk: Não, porque antes de mais nada é tudo comédia e zoação com nós mesmos. Como quando eu leio aqueles lances no [site] Blabbermouth, que me mata de rir porque eu de fato conheço metade das pessoas que comentam lá. E as pessoas perguntam, ‘Zakk, isso não te incomoda??’ e eu, ‘Não, porque eu sei que são o Joe e o John escrevendo essas coisas e é Andy escrevendo aquilo… isso é o de menos, você tem que ver o que eles dizem mesmo quando estão putos!!!!’ [risos]. Meus colegas de banda no Black Label são simplesmente impiedosos. Todo mundo zoa todo mundo o tempo todo, mas é tudo farra, ninguém causa porque está todo mundo sempre rindo. Cara, imagine zoação pesada comigo, aquela fritada em cima de mim, o Zakk Wylde Roast, eles me zoaram pesado com o lance da cachaça e tud0o mais. Eu conheço muitos caras que diriam, ‘OK, podem rir do que quiserem, mas não falem nada sobre as drogas e isso ou aquilo e bla bla bla’ e é sempre tipo, ‘Bem, por que não, não é essa a graça?’ e as pessoas dizem, ‘Bem, apenas seja legal, ele é muito sensível com isso e aquilo’ e mais uma vez é tipo.. ’POR QUE?… É verdade, é engraçado e aconteceu”. Na minha banda, estamos sempre esculachando um ao outro e rindo pra cacete. Nesse ramo, isso é obrigatório. Eu conheço caras nesse ramo que NÂO AUTOGRAFAM fotos deles mesmos que foram tiradas durante a fase ‘hair metal’ deles e isso me mata de rir [risos]. Você tá brincando comigo? Aconteceu, você devia então relaxar e aceitar isso como parte de seu passado ou PELO MENOS rir disso. Falando sério, se você não consegue rir de suas fotos do colegial, então há algo de errado. O que seja. É como Ozzy olhando pras coisas dele nos anos 70 com as jaquetas e as boca-de-sino, ele odeia, mas ele pelo menos ri de si próprio. Ele diz, ‘Meu deus, como eu estou ridículo’ e eu, eu amo os anos setenta, então pessoalmente acho tudo aquilo legal pra caralho. Eu fico dizendo pra ele, ‘Ozzy, você está do caralho’. E ele responde, ‘eu pareço um cu de burro, tira isso de perto de mim’ [risos]. Você tem que ter senso de humor a seu próprio respeito nesse tipo de trabalho e poder ser rechaçado com um sorriso na cara. [...]
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