Em entrevista ao G1, Edu Falaschi, vocalista do Angra e Almah, comenta a atual situação do Angra, a perspectiva para a apresentação no Metal Open Air em São Luís do Maranhão e suas próprias declarações polêmicas de 2011, tal como aquela em que decretou a morte do gênero no país. “A gente está vendo a morte do metal nacional – pra mim, morreu”.
Veja abaixo outros trechos:
Quando eu fui para a Finlândia gravar o primeiro disco do Almah, em 2006, vi um programa lá que era igual ao da Hebe: uma velha loira, um negócio assim. E sabe quem tava tocando no programa? O Children of Bodom [banda de death metal daquele país]. Eu não botei uma fé, [era] um programa megapopular, só de “tiazona” e tal... Por que aqui não poderia ser [igual]? Claro que pode ser. É só uma questão de organização, de mostrar para todo mundo que o rock é profissionalizado.
Quando perguntado sobre a história de não gostar do termo "underground", ele respondeu:
Eu não gosto mesmo. Porque algumas pessoas me criticaram, depois daquele vídeo [de 2011], querendo dizer que eu nunca fiz parte do underground, que eu era um "playboyzinho" que fiquei famoso depois que entrei no Angra, então acabei falando algumas besteira porque não manjo. E outra: as pessoas que falam isso não sabem da minha história. Eu tenho 20 anos de carreira, metade disso foi no underground, que essa é coisa que só tem boteco podre, com o som podre.
Eu fico P. porque é um termo que, se você traduzir, você está abaixo do nível da terra, do chão. Quem fica embaixo da terra, pra mim, é morto, defunto. A gente tem que pensar grande, as bandas deveriam querer sair do underground. Eu tenho muito orgulho de ter aprendido tudo que aprendi no underground, mas eu tenho mais orgulho de ter saído dele e de hoje viver no mundo real. Esse negócio de ficar tocando num barzinho para cem pessoas ser legal – isso aí é papo furado. Se você oferecer um milhão para o cara sair dali, ele sai na hora. Metaleiro que tem esses papos às vezes: “Sou true, sou metal, tem ficar no underground, tem que ser raiz!”. Eu não posso ser raiz, vivendo bem, comendo bem, em bons restaurantes, sustentando a minha família – eu não posso ter isso?
Leia a matéria completa no link abaixo:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/04/odeio-o-termo-underground-diz-canto...
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