quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nikki Sixx: fala sobre o satanismo

NIKKI SIXX é alguém que você pode imaginar como não sendo muito centrado e controlado, ainda que ele seja muito dos dois. Talvez você só o conheça como o co-fundador do Mötley Crüe, um deus do Metal, um homem de cabelo espetado, alguém que freqüentava o consultório do ‘Dr. Feelgood’. Mas Sixx é também pai de quatro filhos, fotógrafo desde 1998, uma personalidade internacional do rádio, e um cara de mentalidade clara e superocupado.
Esse astro do rock com tatuagens de caveiras e um cavanhaque torto também é um autor de Best-sellers da lista do [jornal estadunidense] New York Times. Seus livros, The Heroin Diaries, The Dirt [co-escrito com os membros do Crüe] e This Is Gona Hurt: Photography and Life Through the Distorted Lens of Nikki Sixx foram todos sucessos. O Crüe ainda está excursionando, celebrando 30 anos no palco, e Sixx também está fazendo música com o SIXX: A.M., cujo lançamento recente, This Is Gonna Hurt, é o complemento do livro de fotografias.

Sixx até tem sua própria linha de roupas, a Royal Underground, com Kelly Gray, filha dos criadores da antiga marca de roupas St. John, misturando tecidos finos com uma estética ‘punk’ de Los Angeles. Basicamente, o corpo e a mente de Sixx são como uma loja de departamentos para todas as entidades culturais. Talvez na próxima ele lance uma linha de perfumes ou talvez uma pasta de dentes cor de sangue para crianças. Seja lá o que for, com certeza será um sucesso.

Preparando-se para a visita do Crüe ao Hard Rock, nós falamos com Sixx sobre os caras que trazem cruzes aos shows, porque ele lê a Newsweek, e sangue, sangue, sangue, claro.

New Times: Em seu novo livro, você é bem aberto sobre como nenhum dos membros do Mötley Crüe sequer já visitou a casa um do outro. Isso mudou desde que você lançou o livro? Vocês são amigos melhores?

Nikki Sixx: Não, não. Você sane, é como estivéssemos em casa, e vivemos juntos na estrada por meses duma vez, e vamos pra casa, e eu sou muito, muito, muito sistemático. Eu faço sete programas em quatro dias, um programa de rádio, sempre fotografando, trabalhando em outro livro. Envolvido no Mötley em um milhão de níveis diferentes, tal como os outros caras. Não é muito… tipo vamos nos encontrar pra fazer um churrasco. Chega o domingo, eu estou passando tempo com meus filhos. Eu acho que é uma concepção errada que as pessoas pensam que as bandas de rock passam o tempo todo juntas, mas não é diferente da maioria das pessoas: quando você sai do trabalho na sexta-feira, você vai ficar de bobeira na casa do seu chefe nas Segundas, Terças, Quartas, Quintas e Sextas à noite depois do trabalho? È um pouco de folclore que vocês ficam o tempo todo juntos.

Seu livro tem muitas fotografias excelentes no estilo da Diane Arbus. Você tirou fotos de coisas e pessoas que o mainstream considera feias mas que você considera belas. Você pode falar mais de sua estética?

Eu acho que todo mundo tem uma história e que hoje na sociedade, estamos pegando frascos vazios e fingindo que eles estão cheios. Estamos baseando muito de nossos comentários sociais no TMZ, revista People, US Weekly – o que meio que baixa o nível. E parte do meu papel na vida é trazer o padrão musicalmente, visualmente, na performance e na produção, e como fotógrafo, expondo coisas que talvez os outros apenas digam, “Bem, eu estou muito mais feliz com Kim Kardashian e lendo a People”, quando eu penso, “Porque você não lê a Newsweek e olha algumas das fotos e talvez lhe ocorra que as pessoas tenham passado por coisas que você nunca passou?” e percebam que, na vida real, existem heróis lá fora que realmente são, como eu disse, mais do que frascos vazios.

Eu acho que ser famoso por ser famoso é uma farsa. É como um encantador de serpentes por ai. Nossos filhos ao crescerem são mais espertos do que isso. Eu sei que sou mais inteligente do que isso. Eu acho que temos alguns hábitos ruins. Então estou disposto a colocar o meu na reta e escrever um livro sobre isso e chamar uma espada de espada.

Você também falou sobre como Vince Neil disse coisas boas a seu respeito em sua autobiografia. Ele tem estado nas notícias recentemente passando pro problemas. Você se sente mais próximo dele do que antes?

Eu sente me senti próximo a Vince. Eu honestamente não acredito, você sabe? Vince não escreveu o próprio livro dele. O problema com os ghost writers é que eles pegam um pedaço, e o problema quando eles pegam um pedaço eles querem criar sensacionalismo porque isso vende livros. O que eles não se dão conta é que as relações internas são mais poderosas que tudo, então eu só meio que rio. Vince não parecia ter nada a ver com isso.

Você é muito aberto em seu livro sobre seu rompimento com a tatuadora Kat Von D. Uma vez que o livro já saiu, você ouviu algo dela quanto a isso? O que ela disse?

Não. Foi tão pouco tempo da minha vida, pra ser honesto com você. Pelo tempo que estive nesse planeta, foi como, pra decupar, um décimo de um por cento de minha experiência de vida, uma coisa de vai e vem. A água procura ficar em seu próprio nível. Seguir em frente é maravilhoso.

Voltando ao Crüe, esse é o trigésimo aniversário da banda. Além de manter a banda funcionando, o que te deixa mais orgulhoso desse feito?

Eu tenho orgulho por sermos uma banda que dá 100 por cento. Eu realmente amo isso. Só fizemos cinco shows nos EUA nessa turnê até agora. Tivemos tanta gente indo aos shows e dizendo”Eu nunca vi algo assim”. E eu digo, “Você já tinha visto o Mötley Crüe antes?” E ele, “Não.” Então, nós fazemos o que nós fazemos, e eu acho que não há mais muitos de nós que dão shows de primeira e viveram pra contar a história, respiraram isso. Falamos sobre isso, no programa de rádio o tempo todo, não é legal ser legal. Se há um período na história em que precisamos que as bandas de rock sejam autênticas, é agora. Precisamos de bandas jovens que sejam famintas e que vão dar 100 por cento visualmente, musicalmente, em seus estilos de vida.

Fazemos isso há 30 anos, não vamos durar pra sempre. As rodas vão cair do ônibus um dia. Eu espero em Deus que alguém por aí esteja cultivando o perigo. Porque é como assistir à tinta secar hoje em dia. È muito chato, to te dizendo.

No começo, o Crüe tinha uma imagem satanista; daí você a adaptou para um visual mais de louco por festas. Você teve algum encontro com Satanistas que morderam a isca?
Sim. Todo dia. [risos] É maravilhoso.

Alguma história de arrepiar?

A minha favorita é -e eu ainda vejo isso de vez em quando – tem um cara do lado de fora da casa de shows com uma cruz nas costas e ele está andando pra lá e pra cá e ele ta tipo, “Jesus morreu pelos seus pecados. Não vá ver o Mötley Crüe.” E eu digo, “Como é que isso combina? Você não está no lugar errado? Você não deveria estar no McDonald’s?”

Havia um monte de fotos suas lançadas nos anos 80, em que você estava coberto de sangue. Quando foi a última vez que você sangrou pela música?

Toda noite, é um banho de sangue no palco. Se você já esteve num show do Mötley Crüe, você sabe que as primeiras 15 fileiras ficam cobertas, encharcadas de sangue.
Você está em turnê com o New York Dolls, que basicamente inventou o visual glam que o Mötley Crüe tinha nos anos 80. O que isso significa pra você?

Bem, quero dizer, eles nos influenciaram musicalmente, e o som deles misturado com a moda é um baita dum.. eles foram tão inovadores. Pra mim, tê-los lá, fazer com que eles toquem pras dezenas de milhares de pessoas toda noite, é tão excitante pra mim. Quando eu recebo tweets das pessoas e me agradecem por introduzi-las ao Dolls, você entende, missão cumprida.
Por último, no clássico do Crüe, “Girls Girls Girls”, você escreveu alguns versos sobre a casa de strip DollHouse aqui em Fort Lauderdale. Qual é seu pico favorito no Sul da Flórida hoje em dia.
Não, eu não lembro se já estive lá. [risos]. Esse é o problema com a devassidão. Você não lembra de muito. Eu não sei se jamais pisei lá. Eu acho que Vince já, então ta valendo.

Havia um monte de fotos suas lançadas nos anos 80, em que você estava coberto de sangue. Quando foi a última vez que você sangrou pela música?

Toda noite, é um banho de sangue no palco. Se você já esteve num show do Mötley Crüe, você sabe que as primeiras 15 fileiras ficam cobertas, encharcadas de sangue.

Você está em turnê com o New York Dolls, que basicamente inventou o visual glam que o Mötley Crüe tinha nos anos 80. O que isso significa pra você?

Bem, quero dizer, eles nos influenciaram musicalmente, e o som deles misturado com a moda é um baita dum.. eles foram tão inovadores. Pra mim, tê-los lá, fazer com que eles toquem pras dezenas de milhares de pessoas toda noite, é tão excitante pra mim. Quando eu recebo tweets das pessoas e me agradecem por introduzi-las ao Dolls, você entende, missão cumprida.

Por último, no clássico do Crüe, “Girls Girls Girls”, você escreveu alguns versos sobre a casa de strip DollHouse aqui em Fort Lauderdale. Qual é seu pico favorito no Sul da Flórida hoje em dia.

Não, eu não lembro se já estive lá. [risos]. Esse é o problema com a devassidão. Você não lembra de muito. Eu não sei se jamais pisei lá. Eu acho que Vince já, então ta valendo.

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