Após o fracasso do Metal Open Air, estamos sendo bombardeados com uma troca de acusações infinitas, incluindo agressões físicas e tentativas de evasão do Parque da Independência em São Luís, entre os produtores da Negri Concerts e Lamparina Produções sobre os motivos que levaram ao cancelamento do evento.
O texto representa a opinião do autor e não a opinião da RockNews! ou de seus editores.
Se os tais motivos foram a quebra de contrato (como o Saxon mencionou), vistos que foram parar na África do Sul (no caso do Venom), falta de segurança (Rock ´n´ Roll All Stars), não pagamento de cachê e transporte (praticamente todas as bandas nacionais que cancelaram suas respectivas participações), já não importa mais às 9.000 ou 15.000 pessoas – as informações são divergentes – que estavam lá e se sentiram enganadas.
É importante frisar que, ao contrário dos textos de autoria de Juliana Negri - irmã de Felipe, o proprietário da Negri Concerts - a responsabilidade é, sim, das duas produtoras. Afinal, não podemos nos esquecer da frase abaixo, publicada no Twitter por Felipe Negri:
“Pra quem falou que nao ia rolar.... VAO TODOS SE FODER!!!!”
Independente do desabafo do rapaz, todos os comunicados a imprensa referentes ao festival sempre começavam com “A Negri Concerts, em parceria com a Lamparina Produções”. Além disso, o próprio Felipe passou a semana passada inteira divulgando no Twitter informações sobre a estrutura do MOA, portanto que não venham agora tirar o corpo fora e assumam sua parcela de culpa.
Vale ressaltar que as notas também eram enviadas sempre pela mesma Juliana Negri que agora tenta esconder a responsabilidade sobre o maior fiasco da história do Heavy Metal nacional.
É assustador que a Negri Concerts e a Lamparina estejam se posicionando também como vítimas da história frente a toda desorganização e falta de planejamento que ocorreu, culpando até mesmo um patrocínio escuso do Governo do Estado do Maranhão que não deveria se meter em eventos privados com o nosso dinheiro.
Mais importante: acima de todos esses problemas está o público, que pagou caro pelo seu ingresso ao festival e nada tem a ver com as rixas particulares dos envolvidos. Ainda não vi um único comentário de ressarcimento destas pessoas a não ser uma evasiva resposta de Natanael Jr., proprietário da Lamparina Produções publicado pelo UOL:
"O prejuízo é enorme. Vou tomar uma série de medidas legais para depois ver o que posso fazer"
Como se pode perceber, primeiro, os produtores se preocuparão com advogados e processos entre eles (o que pode levar anos) para depois buscar um modo de ressarcir o público.
Atenção a você que se sentiu lesado pelo ocorrido: não se contente com esmolas! A Negri Concerts e a Lamparina Produções são as grandes responsáveis, sim, por todo fiasco do Metal Open Air e devem responder na justiça sobre tudo que aconteceu. Mesmo que você opte pela retirada dos ingressos do Blind Guardian e Grave Digger em São Paulo, não assine nenhum documento sem prévio conhecimento sobre o assunto e não entreguem nenhum material ou comprovante, caso seja solicitado. Isso vale especialmente para as pulseirinhas personalizadas do MOA.
O Procon, órgão sério e competente, já deu o caminho das pedras e no Whiplash.net! e Collectors Room, você encontra uma matéria bastante completa do Junior Frascá sobre como proceder com seus direitos (link abaixo). Não desista e nos mantenha informado sobre seus avanços!
MOA: um guia para você saber quais são seus direitos
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