quarta-feira, 14 de março de 2012

Sebastian Bach: entrevistado por Thiago Bianchi

O vocalista do SHAMAN, Thiago Bianchi, foi convidado pela produção do festival Metal Open Air para entrevistar SEBASTIAN BACH.

“Sebastian Bach é uma grande influência em minha vida, não só como vocalista - já que não só é um dos grandes responsáveis pelo meu jeito de cantar - mas também pela certeza que me deu, assistindo seus shows e ouvindo seus discos, de que eu queria mesmo ser cantor de rock e ter uma banda” afirmou Thiago.

Sebastian faz parte do Rock and Roll All Stars, o mega projeto que é um dos headliners do Metal Open Air, que acontece em abril.

Confira a entrevista públicada no portal SuaCidade.com.

Thiago Bianchi: Sou vocalista do Shaman - uma banda de heavy metal brasileira. Nós também tocaremos no Festival Metal Open Air em abril e estou ansioso para conhecê-lo. Você é um dos meus maiores ídolos! A equipe do evento pediu para alguns músicos brasileiros entrevistarem as atrações internacionais para o site de um canal de TV, uma espécie de "repórter por um dia". Escolhi você porque é um dos meus maiores ídolos e será uma grande honra pra mim.

Sebastian
Bach: Obrigado, muito obrigado.

TB: O Metal Open Air Festival será um grande evento, com mais de 45 bandas de rock e metal, algo inédito no Brasil. Você se apresentará com uma superbanda, só com lendas do rock - a grande “Rock´N´Roll All-Stars”. Você está ansioso para tocar com alguns dos seus ídolos de infância como Gene Simmons e Glenn Hughes, além de tantos amigos? O que você espera do show? Não só do show, mas do público brasileiro?

SB:
Bom, em SP vou tocar com a minha banda solo…

TB: Sim, eu sei...

SB:
E estou ansioso para tocar em São Paulo, Brasil. Duas noites, com a minha banda solo: Nick Sterling, na guitarra, Bob Marlette, na bateria, tocando as músicas do meu novo álbum Kicking n’ Screaming. Os ingressos já esgotaram para a primeira noite no Carioca Club, em São Paulo, mas tocaremos duas noites e estou ansioso para os shows. Também vamos tocar em Porto Alegre e Santiago/Chile com a banda solo e, depois disso, em outras cidades com a turnê do Rock´N´Roll All Stars.

TB: Vocês já começaram a ensaiar? Como está a vibe das pessoas, a estrutura do show, o setlist e tudo mais? Vocês estão animados? Já encontraram alguns problemas ou está tudo caminhando?

SB:
Está tudo correndo sem problemas, já tocamos bastante juntos. Já toquei com Matt Sorum, Steve Stevens e com todos os caras há alguns anos. Nestes shows na América do Sul e Central teremos o Gene Simmons, do Kiss, no baixo. É o primeiro trabalho do Gene fora do Kiss, então deverá ser bem legal.

TB: Falando do seu novo álbum solo, Kicking n’Screaming: Agora você está trabalhando com um novo produtor, Bob Marlette – de quem eu sou um grande fã, - e um guitarrista bem jovem e já muito bom, Nick Sterling. O som está muito mais moderno – o que é claramente uma evolução desde Angel Down. O primeiro tem um som mais pesado, esse é mais hard rock. Era isso mesmo que você estava procurando ou apenas aconteceu dessa forma por causa do novo time de trabalho?

SB:
Eu não gosto de fazer um álbum já pensando que ele tem que ser de tal jeito: hard rock ou heavy metal, eu não trabalho assim. Vou escrevendo sempre tentando fazer o meu melhor e as músicas vão saindo. Elas vão pedindo o que tem que pedir e daí o som vai saindo das caixas... A gente tem que fazer música que a gente gosta e nesse novo álbum eu acho que as músicas são ótimas.

TB: Ele é muito bom!

SB:
Ele acabou ficando com três baladas e o resto é meio hard rock. Eu acho que ficou bem legal. Acho que o Bob capturou a minha voz muito bem...

TB: Você está feliz com as críticas que está recebendo da mídia e dos fãs?

SB:
Sim. Eu recebi as melhores críticas com o Kicking and Screaming - acho que as melhores da minha carreira, incluindo o Skid Row. As críticas tem sido maravilhosas! Quando toco as músicas ao vivo, os fãs já sabem as letras e estou adorando isso!

TB: 2011 foi um ano difícil para você: um divórcio depois de quase 20 anos de casamento; o furacão Irene destruindo a sua casa em New Jersey; a perda de grande parte da sua coleção de rock particular; a mudança para Los Angeles e ficar longe dos seus filhos; uma namorada nova; um novo álbum... Como você está lidando com tudo isso? E você já conseguiu de volta a sua máquina de Pinball do Kiss?

SB:
Não. Infelizmente o Pinball do Kiss foi destruído, estragou. Mas consegui de volta as minhas gárgulas do Kiss, que estavam boiando nas águas, então os fãs de Kiss em todo o mundo podem me agradecer por ter resgatado algumas das peças mais importantes da história do Kiss. E eu nem sei o que falar, foi um ano bem louco... Mas tem uma música no novo álbum, As Long As I Got The Music, que fala que enquanto eu tiver a música nada me afetará. Tipo, a música vale mais que as coisas materiais e é incrível! A música é muito verdadeira... Enquanto eu tiver a música, nada vai me afetar...

TB: Você também estará fazendo uma turnê solo para o lançamento do seu novo álbum e você já está bastante familiarizado com o público sul-americano. Como você espera que seja a reação deles com o seu novo show e no que ele será diferente da apresentação em 2005 e da abertura para o Guns ´N´ Roses em 2010?

SB:
O show de 2010 em São Paulo foi o melhor da minha carreira. São Paulo foi palco do meu último show com o Skid Row - que foi o pior show da minha carreira. Eu estava ansioso para voltar em 2010 por causa do público e a paixão que ele mostra. E foi tão incrível! Fez me sentir muito bem, a plateia me deu muito apoio, São Paulo é muito especial pra mim. Tenho certeza que faremos dois ótimos shows lá, sei que eles curtem a minha música, a nova banda... Então, estou ansioso. Adoro tocar em São Paulo e mais agora depois de 2010!

TB: E por falar em seu relacionamento com o Guns e Axl, existem planos de uma parceria para um álbum no futuro?

SB:
Bom, nós vamos tocar juntos de novo nesse verão, em alguns festivais. Não devo gravar nenhum álbum num futuro próximo, pois ainda estou saindo para divulgar o Kicking n’ Screaming, mas é lógico que eu trabalharia com ele, que é um ótimo vocalista. Fui vê-lo no House of Blues, em Los Angeles. Assisti ao show e farreamos a noite toda. Foi divertido!

TB: Você já veio várias vezes ao Brasil. Quais são as suas melhores e piores lembranças daqui?

SB:
Uma ótima lembrança é de 1992, quando eu saltei de paraglider sobre a cidade do Rio de Janeiro. Sobrevoei o Cristo Redentor e foi bem divertido. Mas, sem dúvida, a minha melhor lembrança é da turnê de 2010. Foi tudo muito organizado. A produção do Guns N´ Roses foi ótima e o som estava incrível. Foi muito legal!

TB: Sobre o Skid Row: você provavelmente está de saco cheio desse assunto, mas os fãs sempre querem saber se vocês pensam em voltar, se podem mudar de opinião... Como você se sente quanto a isso? O que seria necessário para vocês voltarem? Está disposto a fazer isso ou é algo que você simplesmente não quer e ponto final?

SB:
Eu não sei como me sinto quanto a isso. Eu não tenho nada contra os caras e não sei o que eles acham disso. Pra mim é muito fácil cantar as músicas do Skid Row e se os caras também tocam, não sou contra. Mas eu não sei o que eles acham de uma volta, só sei que não está acontecendo nada agora...

TB: A banda de abertura dos seus shows em SP será a MadJoker, um grupo que eu produzi e estamos todos muito orgulhosos do trabalho e do som que eles estão fazendo. Eles são seus grandes fãs e, com certeza, será uma honra para eles dividirem o palco. Espero que você consiga ver o show deles. A sua opinião, aconselhamento e apoio serão muito apreciados, e eu tenho certeza que você vai gostar da música...

SB:
Legal, vou assisti-los. Obrigado!

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