sexta-feira, 30 de março de 2012
Pirataria: Combatê-la é como guerra contra as drogas
Mas tal comparação faz mesmo sentido? Afinal, o comércio de drogas tem cartéis violentos, mulas, overdoses, guerra entre quadrilhas… gente defecando camisinhas no meio de vôos internacionais! Em comparação, a guerra contra a pirataria envolve roubar o Metallica, uma infinidade de ISPs e muitas alternativas legais.
Ainda assim, essa é uma analogia que nos faz pensar, por várias razões. Ambas as ‘guerras’ têm vários ataques, devassas e revistas, sem contar o ‘abuso’ persistente e um nível de ‘uso’ aparentemente implacável. É um memorando que os maiores executivos da indústria estão recebendo, mas mal discutindo. E é por isso que foi surpreendente ouvir da boca de Rio Caraeff, CEO da VEVO, uma joint venture envolvendo três das quatro maiores gravadoras do mundo:
“A pirataria é meio como a guerra contra as drogas. É uma guerra invencível em minha opinião. Mas essa não é necessariamente a opinião da indústria, mas eu acho que a solução é prover acesso ao entretenimento para o maior número possível de pessoas, através de uma variedade de modelos diferentes – inclusive os gratuitos.”
[Caraeff, falando recentemente na Cúpula de Transição da Mídia do Guardian, tal como citado pelo site The Next Web]
Mas Caraeff tem voto limitado. E todas as indicações apontam para um nível bem maior de esforços contra a pirataria no futuro, especialmente à medida que uma Hollywood progressivamente agitada entra no lance. Isso significa ações legais contra empresas infratoras, mais ação direta contra os executivos e empregados dessas empresas, mais batidas conta servidores como o MegaUpload. E, claro, enquadramentos contínuos contra aqueles que cheiram toda aquela música grátis…
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