Em entrevista concedida à Full Metal, o frontman do Machine Head, Robb Flynn, falou um pouco sobre a recente turnê do grupo pelos EUA, fãs e carreira.
Esta foi sua primeira turnê pelos EUA após uma série de anos. Como foi?
Sim, pela primeira vez em quatro anos e meio, e foi incrível. Foi impressionante o primeiro dia em Denver, depois Southwest no Texas e na Costa Oeste. Após quatro anos e meio, você pode se esquecer sobre uma banda. Mas, nessa tour houve mais pessoas, maiores recepções e aquelas pessoas realmente apaixonadas. Foram reações incríveis para as novas músicas.
A sua definição de Metal mudou muito ao longo dos quase 20 anos desde que o "Burn My Eyes" foi lançado?
Para mim, nós fizemos muitas coisas, quero dizer tudo, desde o Mercyful Fate ao Black Sabbath, do Slayer ao Arch Enemy. Eu odeio essa coisa de subgêneros e eu odeio todas as categorias que tudo tem que entrar, elas me deixam louco. Eu acho que é mais uma atitude, mais um espírito. Como um garoto que cresceu na área da baía de São Francisco, eu comecei a ver algumas bandas incríveis e eu tenho que ver algumas bandas ruins também. Há um monte de porcarias de Metal lá fora, e também um monte de Metal bom. Eu e meus amigos começamos a entrar no Punk Rock e depois começamos a entrar no Hardcore, Metal, Rap e todas estas coisas que foram surgindo. Naquela época, e para nós, era apenas um tipo de muito 'Beavis and Butthead'. Arrebentou e tinha a ver com a atitude e o espírito. Você pode ver que algumas pessoas realmente acreditavam no que estavam fazendo e foram tentando empurrar as coisas para ser o novo e o diferente. Em seguida, houve as pessoas que só tentaram fazer as coisas do mesmo modo.
Robb, que você tem visto no Machine Head, quer dizer, há algo que você aprecia na banda que não havia há 10 anos atrás?
Acho que podemos apreciar o quão longe nós fomos. Eu não penso nisso o tempo todo, mas eu penso algo do tipo: 'Sim, cara, o nosso primeiro disco saiu há 17 anos', enquanto eu estou falando com as crianças no palco (Risos). Isso não é a trajetória de uma banda em seu 17º ano, pois a maioria das bandas são do tipo que muitos integrantes caíram no esquecimento e sua formação original é extinta. O fato é que nós ainda estamos aqui e estamos fazendo melhor do que nunca, sabemos que temos sorte, e que nós somos incrivelmente sortudos por termos uma base de fãs que é tão apaixonada e tão intensa com a nossa música. Quer dizer, os nossos fãs vivem e respiram essas coisas, é incrível. A cada dia nesta turnê, eu autografei para pessoas muito jovens que têm as nossas letras ou logos tatuados em seu braço. Eles querem nossos autógrafos, o que eu sempre acho que é uma loucura. Você não quer meu autógrafo estúpido tatuado em seu braço, mas tem coisas que realmente significam algo como letras. Você ouve essas histórias incríveis e elas são comoventes. Elas nos fazem acreditar ainda mais.
Alguma vez você chegou a pensar que haveria pessoas tatuadas com suas letras pelo corpo?
Eu não cheguei a pensar nisso. Quando começamos, não era tão comum esse tipo de coisa. É definitivamente mais popular agora, vejo que está começando a acontecer. Mas durante as viagens,quando alguém se aproxima e tem o meu rosto tatuado em seu braço, eu pergunto: "por que você tem esta cara feia tatuada em seu braço? Por que não Marilyn Monroe, Brad Pitt...?" (risos).
Agora que já faz um bom tempo que vocês escreveram e gravaram o último álbum, "Unto The Locust", você o ouve de forma diferente hoje?
Eu nunca o ouvi como sendo a mesma coisa. Eu o produzi, mixei e depois fomos e fizemos todas as partes de áudio, então eu o escutei umas 10 vezes por noite. Assim que finalmente saímos em turnê, era apenas legal para tocar. É legal, porque agora quando eu o ouço, eu ouço de um modo menos analítico. Agora eu estou mais feliz por estar tocando ao vivo e ver as reações das pessoas. Eu estou vendo todas estas pessoas gritando nossas letras de volta para nós, e é algo que nos deixa loucos.
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