Por Jeff Gottlieb para o Boston Herald
Traduzido por Nacho Beltgrande
Desde que ficou sóbrio nos anos 90, o ex-baixista do GUNS N’ ROSES deixou pra trás o estilo de vida do rock n’ roll. Ele ainda toca – o Duff McKagan’s Loaded lançou seu terceiro disco no ano passado – ele simplesmente não enfia mais o pé na jaca. Ao invés disso, ele se concentra em coisas de adulto: ser pai, treinar para escalar o monte Rainier e tocar sua empresa de administração de finanças de músicos.
“Nos anos 90, eu comecei a praticar mountain biking para ajudar na minha sobriedade, e alguns profissionais com os quais pedalei disseram que mandavam ver como astros do rock na noite anterior”, ele disse de sua casa em Seattle. “Eu perguntei a eles o que queriam dizer, e ele me diziam que tinham bebido algo como seis cervejas. Eu disse a eles, ‘Não, vocês mandaram como ciclistas. ’”
Durante o auge do GN’R, McKagan estava bebendo 3 litros de vodka por dia. Entre um gole e outro, ele cheirava um pouco de cocaína. Isso durou uma década. Para saber de todos os detalhes sórdidos, leia a autobiografia dele, ‘Its So Easy «And Other Lies»’.
Mas esse não é mais McKagan. Hoje em dia, ele tem os olhos e a mente limpos. Ele nem se estressa com o fuzuê da indução do Guns N’ Roses no Rock N’ Roll Hall Of Fame no dia 14 de Abril.
“O Hall of Fame é realmente meio ridículo, mas eu vou me divertir,” ele disse. “eu não sei o que você ouviu ou leu, mas NINGUÉM sabe se vamos tocar juntos nessa noite ou não.”
Muitos fãs rezam pra que Duff, Axl, Slash, Izzy e Steven Adler se reúnam para umas duas músicas. Talvez uma turnê. Talvez um novo disco. É um sonho que McKagan não vislumbra.
“Eu vou fazer um sarau do livro na House of Blues [em Cleveland] na noite anterior”, ele disse. “Depois disso, eu não tenho idéia do que vai acontecer no resto do fim de semana.”
McKagan parou de tentar prever pra onde sua carreira está indo.
Em dezembro, ele tocou algumas músicas com Axl e a mais recente encarnação do que vendem hoje em dia como sendo o Guns N’ Roses em Seattle e em Vancouver. Um mês depois, o Velvet Revolver –seu finado super-grupo com Slash, Scott Weiland e Matt Sorum – tocou um show beneficente.
“Eu nunca pensei que escreveria um livro ou que tocaria em todas essas bandas ou que faria faculdade [falta apenas uma cadeira para ele se formar pela Albers School of Business da Universidade de Seattle],” ele disse. “Eu tenho quase 50 anos de idade e ainda não sei onde vai dar isso.”
Ele timidamente admite que uma reunião do Guns N’ Roses e uma reencarnação do Velvet Revolver são ambas possibilidades muito distantes.
Ele só tem certeza que não é um astro do rock.
“Nada”, ele disse. “Uma vez que eu troquei beber por trocar fraldas, eu soube que aquele termo tinha morrido.”
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