quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Der Stand der Dinge: ‘Ninguém mais quer pagar por música’, diz executivo



E só no sapatinho, o serviço MUVE MUSIC acaba de ultrapassar 600 mil assinantes pagos nos EUA. Mas esse é um dos modelos mais difíceis de se celebrar, porque o Muve Music só é vendido como um pacote que também inclui serviços essenciais como correio de voz, mensagens de texto e navegação pela Internet. O que torna o serviço de música meio que ‘cereja em cima do bolo’ e você não pode encomendar só a cereja.

Mas essa é justamente a questão.

O que torna essa oferta tão poderosa é que a música passa uma ideia de gratuidade”, disse o diretor sênior de produtos do Muve Music JOHN BOLTON ao jornal inglês The Guardian. “Isso é importante, porque ninguém mais quer pagar por música”.

E em um ano, conseguimos 600 mil assinantes pagantes, nos tornando o segundo maior serviço de assinatura digital nos EUA”.

Esse não é um executivo falando depois de tomar umas e outras. É o mantra que guia o Muve. E apenas duas semanas atrás na SF Music Tech, o fundador da Muve, JEFF TOIG disse algo bem parecido. “Eu acho que quando você introduz preço na equação, fica muito difícil pra maioria das pessoas”, disse Toig em uma palestra. “No momento que você pede pelo cartão de crédito, você encolhe a oportunidade global do consumo de música para uma porcentagem muito curta da população. E essa é uma barreira fundamental”.

É aí que Toig soa igual ao CEO do Spotify, Daniel Ek, porque ambos estão dizendo basicamente que A PIRATARIA JÀ GANHOU – e agora o desafio é trabalhar em cima dessa realidade. “Os consumidores estão obtendo sua música de um modo que parece grátis, porque essa é a segunda melhor alternativa pra eles, de qualquer modo –a outra é ir até um computador, baixar e a obter ilegalmente. Então precisamos dar música a eles que pareça gratuita e precisamos estar aptos a pagar a indústria e os artistas e os autores pela criação de sua arte”.

Em outras palavras, esqueça vender música gravada sozinha, pelo menos fora de segmentos de mercado como vinil e itens de colecionador. “A grande questão sempre foi sobre como você fará dinheiro com a música digital”, Bolton continuou. “A resposta é: você não faz, você o faz com outras coisas como um serviço wireless, e de voz, dados e mensagens de texto. Nós sentimos que esbarramos em algo que é uma transição de verdade”.

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