O polêmico guitarrista Timo Tolkki (Symfonia, ex-Stratovarius) fez declarações fortes em sua página oficial do Facebook.
Confira abaixo:
"Eu não sei quanto de vocês estão interessados em ler isso e, francamente, eu nem me importo tanto, mas estou apenas escrevendo pensamentos que tive sobre o Symfonia e os projetos da minha vida profissional", disse o guitarrista.
"Tudo isso começou a partir de um pedaço de bolo. Estava em um hotel pequeno e que tinha uma parede cinzenta que mais parecia uma prisão. Eu pensei que poderia ser alguma piada celestial, mas quando dois fãs me entregaram um bolo com o nome Symfonia e nossas caras após o último show da turnê sul-americana em Santiago, no Chile, comecei a pensar sobre o futuro de minha carreira musical. Depois pensei que saí da Finlândia e viajei 28 horas até outro continente para tocar para 100 a 350 pessoas em média. O bolo foi uma forma engraçada de me dizer: "Ei Timo, você não vê: acabou tudo". Após tudo isso realmente comecei a rever minha carreira como um todo", comentou Tolkki.
"André Matos me disse que a banda não deveria fazer grandes turnês se não recebesse dinheiro. Eu concordei, mas sabia que as pessoas ainda consideravam uma nova banda e não os "The Spartacus of Metal" que levam multidões aos palcos. O baterista Uli Kusch tinha machucado suas mãos durante as gravações do vocal, na Suécia, mas no meio disso tudo recebi um email dele avisando que nunca mais iria fazer turnês porque estava cansado de viajar, do backstage, etc. Eu disse a ele que não era isso que combinamos, mas foi em vão. Ele me disse que se a gente fosse gravar um segundo disco que poderíamos usar o nome dele por 10 mil euros e que Alex Landenburg gravasse no estúdio. Após dez minutos recebi uma nova mensagem de texto falando que também deveria pagar os impostos, que chegaria no valor total de 13 mil euros. Eu não respondi pois não queria acreditar nisso. Em seguida, Andre Matos perdeu a voz durante as gravações e nós começamos a procurar locais obscuros na Suécia para tirarmos as fotos de divulgação. Nisso comecei a ver que não ia funcionar", disse Tolkki.
"Enfim, gravamos as vozes e lançamos o disco. Eu ainda acho ele um excelente álbum. O terremoto no Japão atrapalhou os planos da banda em realizar uma turnê por lá, mas então André me disse que haveria chance de fazer uma turnê lucrativa na América do Sul. Aparentemente, havia um investidor mistorioso participando de tudo. Decidi fazer a turnê. Depois de voar 30 horas e chegar até São Paulo recebi a notícia de que estava tudo cancelado. Fizemos um acordo e tocamos por volta de seis shows. Foram as apresentações mais pesadas de toda a minha carreira. O tecladista Mikko Harkin desenvolveu febre alta e inflamação pulmonar. Quando estive por dois dias no hotel Formula 1 (o mais barato que você pode conseguir em São Paulo) eu me vi na escuridão e pensando no meu futuro como músico", explicou o guitarrista.
"Quando recebi os números de vendas da Edel Records [para o álbum de estreia do Symfonia] e o relatório das agências eu decidi chamar alguém para conversar. Não fazia qualquer sentido tentar conquistar o mundo do metal, pois era óbvio que não havia interesse suficiente. Não me interpretem mal, é totalmente legal, se não houver interesse. Então eu pensei sobre a minha carreira. Cerca de 3.000 shows, 20 anos, 20 CDs, produções, clínicas , viajando. Percebi que eu tenho feito muito trabalho. Eu acho que a maioria de vocês sabem que eu sofro de transtorno bipolar, um dos piores transtornos mentais, mas com estilo de vida não estressante, esta doença pode ser controlada, mas nunca curada. Se não tivesse sido diagnosticado naquelas longas turnês do Stratovarius com esse problema, eu poderia ter morrido. Não estou brincando, é sério", explanou.
"No ano que vem terei 46 anos. Tenho uma esposa maravilhosa e filha. Comecei a dar aulas de guitarra novamente. Estou tirando um monte de fotos. Em outras palavras, vivendo a vida normalmente. O negócio da música está em estado muito doente neste momento e não vai ficar melhor. Em poucos anos, saberemos que tipo de forma que ela irá tomar. Talvez eu um dia volte a fazer parte dele, talvez não. Eu realmente não sei no momento. Se você está interessado no que vou fazer a partir de agora só posso dizer que é possível que eu nunca volte a gravar um disco. novamente. Para alguns de vocês isso é um alívio", replicou Timo Tolkki.
"Para você que não me apóia e continua zombando de mim isso me deixa muito triste, principalmente devido à falta de respeito de uma banda que era a minha visão há 22 anos e que ainda tem 80% das minhas músicas. Eu também quero agradecer a vocês, porque sem vocês, eu nunca poderia ter feito tudo o que tenho feito. Espero vê-los em algum lugar em breve", finalizou o guitarrista.
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