quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os Filhos do Napster: Jovens ainda compram mais CDs do que downloads, diz estudo


Por Paul Resnikoff
Traduzido por Nacho Belgrande
Mas espere: os jovens não deveriam ser os consumidores de mídia mais progressistas, os mais confortáveis com a intangibilidade digital e a propriedade condicional? Parece que não: de acordo com um estudo publicado pelo NPD Group, os jovens na faixa etária de 2 a 14 anos nos EUA ainda compram mercadorias físicas desbragadamente.
Ou seja, SETENTA E NOVE POR CENTO DE SUAS AQUISIÇÕES PARA FINS DE ENTRETENIMENTO – levando em conta todos os tipos de mídia – são do tipo tangível. “Para cada dólar que os jovens [de 2 a 14 anos] gastam em entretenimento, US$0.79 vão para o formato físico, e US$0.21 vão para o conteúdo digital,” relatam os autores do estudo compartilhado com o site Digital Music News.
Por mais estranho que isso pareça, a conta parece fechar. Em uma apresentação no começo desse ano, o analista do NPD Group, Russ Crupnick relatou que 55 por cento dos compradores de música – de todas as idades – ainda compram SOMENTE CDs, apesar do número de compradores estar diminuindo.
Lembre-se de que bens físicos são mais caros, e, portanto sua cota de valor é naturalmente mais forte. E, muito disso está sendo pago pelos pais [e esses pais também preencheram formulários de pesquisa]. Tendo dito isso, a força do peso do físico parece incongruente com o que essa geração deveria estar fazendo, afinal esses são os bebês do pós-Napster, com muito pouco apego a coisas como lojas de discos, vinil ou propriedade de discos.
E o NPD descobriu que a maioria das compras está acontecendo pro lado da música. Em termos de coleções – passando por formatos físicos e digitais – a música é responsável por 72 POR CENTO DE TODAS AS MÍDIAS, seguida por filmes, jogos, programas de TV, livros e aplicativos.
Talvez as coisas ainda estejam mudando tão lentamente, que o formato físico ainda seja um bloco de gelo que continua a derreter. Apenas dois anos atrás, US$0.85 de cada dólar iam para o físico. “Enquanto a maioria do conteúdo de entretenimento dos jovens ainda é adquirido através de formatos físicos, o conteúdo adquirido digitalmente cresceu substancialmente ao longo dos últimos dois anos a um ritmo de 14 pontos percentuais para a música,” disse o grupo de pesquisa.

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