O baterista do Metallica Lars Ulrich e o primeiro frontman do Velvet Underground Lou Reed falaram com o Guardian.co.uk sobre o álbum colaborativo do Metallica e Lou Reed "Lulu", que será lançado em 1° de novembro na América do Norte pela Warner Bros Records e um dia antes (31 de outubro) no resto do mundo. O CD foi co-produzido por Reed, Metallica, Hal Willner - que já produziu álbuns para Reed, Marianne Faithfull, e Laurie Anderson, entre outros - e Greg Fidelman. Fidelman também mixou o registro.
Sobre como o álbum foi produzido:
Reed: "Ele tem muita raiva e é emocionante. Eu esperei por um longo tempo para ter uma chance de fazer algo assim com as pessoas certas. Eu estou energizado. Às vezes eu o acho tão emocional que eu tenho que levantar e desligá-lo."
Hal Willner (co-produtor do Lulu): "A música é exigente com o ouvinte, sem dúvidas. Eu não sei como chamá-lo mas não é uma música de fundo. Lou veio com esse material, Metallica pegou o ingresso e aceitou o passeio. Eles se mostraram incrivelmente abertos e corajosos. Eles sempre disseram alguma coisa quando eles não queriam algo de certa maneira e eles foram completamente livres para se expressar"
Ulrich: "Eu não esperava estar envolvido em um processo dessa magnitude. Eu estou revigorado, o álbum se tornou absolutamente incrível. Lou entrou no estúdio e cerca de sete segundos depois minha cabeça estava girando como Linda Blair em "O Exorcista". Foi tão impulsivo que me levará anos para entender o que aconteceu."
Reed: "Quando eu finalmente o ouvi de volta, eu fiquei completamente atordoado. Agora eu nem mesmo me associo com ele. Ele é tão bom quanto eu posso escrever. Eu não posso fazer melhor. Eu o ouço e o meu pobre coração se quebra sobre um pouco do que está nele."
Sobre os bastidores de "Lulu":
Reed: "No momento em que nós tocamos juntos, foi como " Wow! Isso é realmente sério! Minha guitarra acima de James e Kirk (Hammett). As probabilidades disso funcionar - três guitarras - era quase zero. É muito difícil fazer até mesmo duas guitarras combinarem. Eu comecei a tocar contra James - foi como, whuump! (pressiona seu punho contra a palma da sua mão) Se isso não tivesse acontecido, nós ainda estaríamos lá..."
Reed: "Eu tocaria com eles então eu não teria que ir além daquilo. Eu não precisava pedir a biografia deles. O que quer que seja, existe tocando. Feeling é tudo pra mim no rock - fazer realmente acontecer e não se degenerar na música pop. Isos não é colocar o pop para baixo."
Ulrich: "Eu não sabia se nós estaríamos tão envolvidos em um nível criativo. Eu estava perfeitamente feliz de uma forma perversa em ser uma banda de apoio porque é algo que nunca fizemos."
"Isso nos ofereceu uma oportunidade incrível de fazer algo sem fronteiras ao redor. Nós poderíamos nos concentrar em tocar."
"Nós corremos em caminhos paralelos na forma como nos relacionamos com tudo ao nosso redor. É por isso que pareceu tão fácil. Nós nunca fomos parte de um movimento em particular ou aderimos um estilo particular que as pessoas quisessem. Lou e James têm estilos diferentes de escrever, mas eles ainda têm um senso de alienação, de estar do lado de fora olhando para dentro. Eles usam palavras diferentes: James nunca tinha usado a palavra "armpit" (axila) (em uma letra), mas é uma das minhas palavras preferidas do álbum."
"Foi uma oportunidade para nos livrarmos de pensar. Não foi complicado. Foi excitante para nós porque pode apontar o caminho para o que o Metallica fará no futuro."
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