Passaram-se quase dois anos desde que o MACHINE HEAD abriu para o METALLICA na turnê Death Magnetic, mas excursionar com os titãs do thrash teve um impacto duradouro sobre o vocalista do grupo Robb Flynn. A experiência o influenciou bastante no processo de composição para o recém-lançado e aclamado pela crítica “Unto the Locust”, que apresenta inúmeras reviravoltas sonoras e uma criatividade antes não explorada que lembra os álbuns clássicos do METALLICA.
“Para mim, uma coisas mais sensacionais foi estar em turnê com o METALLICA e assisti-los tocar “Master of Puppets” e não “Enter Sandman”. Eu entendo o porquê de “Enter Sandman” ser uma canção tão popular, mas assistir “Master of Puppets”, uma música de oito minutos com um milhão de partes, com refrãos complicados e fora do tempo, e ver que todas as noites arenas lotadas cantavam cada maldita palavra da música foi maravilhoso”, disse Flynn à Revolver Magazine.
Não foi apenas a plateia que inspirou Flynn, mas também a escala da produção, a qualidade do som e, especialmente as atitudes dos membros do METALLICA. “É impressionante como esses caras são apaixonados por música. Eles não precisam mais se importar a mínima com música, eles não precisam se importar mais com banda nenhuma, eles são o METALLICA! Mas houve momentos em que me sentava com Lars ou James e eles pareciam um fã que não fazia parte de uma banda. Lars e eu fomos assistir o show da banda THE SWORD e ele cantava cada palavra e fazia air guitar durante as músicas. Eu falei: “Você sabe cada maldita palavra das musicas do THE SWORD?”.
Outra experiência foi ainda mais reveladora para Flynn. Horas antes de entrar no palco o líder do MACHINE HEAD aquecia a voz quando James Hetfield entrou e começou a conversar. Ao ver um kit de bateria no canto do camarim que o baterista do MACHINE HEAD usava para tocar antes de entrar no palco, James se sentou atrás do kit. Ele disse: “Você conhece alguma do METALLICA? Então nós tocamos “Master of Puppets”. Então ele perguntou: “Vocês conhecem alguma do MAIDEN? Nós tocamos “Wratchild”. Foi ai que pensei: “Meu deus, estou fazendo uma jam com James Hetfield na bateria e ele está tocando de forma matadora! Ai ele falou: Vamos tocar “Aesthetics of Hate” (música do MACHINE HEAD) . Eu disse: você sabe “Aesthetics of Hate” na bateria? Ele sabia cada batida da música, cada parte e essa não é uma música fácil de tocar”. Quando Dave (Mclain, baterista do MACHINE HEAD) chegou e viu aquilo ele disse: “Ele está tocando minha bateria, isso é maravilhoso!”. Flynn completou: “Esses caras ainda são fãs, eles ainda amam música, e isso para mim foi uma espécie de revelação. Quero dizer, eu não sei por que não sabia disso, que eles ainda amam o metal. Pensei que poderia ser diferente agora, porque eles são enormes, eles são o METALLICA!”.
Um vídeo de James tocando com o MACHINE HEAD pode ser conferido abaixo.
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