segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Manito: ícone do Rock brasileiro morre aos 68 anos

O saxofonista Antônio Rosas Seixas, o Manito, que integrou o grupo Os Incríveis, foi enterrado neste sábado (10) no Cemitério Horto Florestal, em São Paulo. O músico de 68 anos, que também integrava a banda instrumental Saxomania, tratava desde 2006 de um câncer na laringe, que o afastou dos shows com o Saxomania devido ao tratamento com quimioterapia.

"O tumor voltou em 2010", explicou Lucinha, companheira há 13 anos do músico, que morreu em casa na tarde de sexta-feira. "Em maio, ele foi operado. Mas já tinha feito radioterapia e a pele estava afetada, com dificuldade para cicatrizar, e ele tinha problemas hepáticos. Ele sempre foi um grande guerreiro."

Lívio Benvenuti Júnior, o Nenê, contrabaixista d'Os Incríveis, lamentou a morte do amigo. "Ele foi para o outro lado porque estava sofrendo muito. Um grande amigo, perdi um grande cara, é muito difícil. Mas venho chorando faz tempo de vê-lo definhando", disse o músico.

Manito começou a tocar aos 4 anos de idade e na década de 1960 fundou Os Incríveis, um dos maiores grupos da Jovem Guarda e do iê-iê-iê. A banda é um dos ícones do período, com sucessos como "Era um Garoto Que, Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones", gravada depois pelo Engenheiros do Hawaii, e a ufanista "Eu Te Amo, Meu Brasil".

Na década de 70, Manito fez parte do grupo de rock progressivo Som Nosso de Cada Dia. "Ele deixou muitas coisas boas, engrandeceu a música e trouxe um modo novo de tocar sax, inspirou muita gente", afirmou a mulher do músico. Manito deixa cinco filhos, três do primeiro casamento, dois do segundo.

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