BON JOVI: A fonética, na verdade. Meu nome é Bongiovi. Meu sobrenome é Bongiovi.
KING: Um nome?
BON JOVI: Sim, mas se soletra B-O-N-G-I. Quando assinei um contrato com uma gravadora, eu era um artista solo e eu montei a banda em volta de meu contrato então pensamos na fonética, nos livramos do G-I, mudamos pra J e eis o nome da sua banda.
KING: Irmãos e irmãs?
BON JOVI: Sim. Dois irmãos mais novos.
KING: Musicais?
BON JOVI: Não. Mas um deles está na indústria fonográfica. Ele dirige nosso show. Ele é o diretor do vídeo que rola por trás de nós e outro tem um restaurante maravilhoso e uma casa noturna.
KING: Sua mãe foi coelhinha da Playboy?
BON JOVI: Ela foi. Uma das coelhinhas originais. Quando o clube da Playboy era na rua 58 ou 59, ali perto do [hotel] Plaza.
KING: Você se lembra disso?
BON JOVI: Eu realmente fui lá quando era criança. Ah, se eu tenho histórias e fotos…
KING: [INAUDÍVEL]
BON JOVI: Elas tinham aqueles uniformezinhos pequenos e meu pai era esse fodão porque ele era casado com uma coelhinha da Playboy.
E eu já era nascido, na verdade, mas Lauren Hutton foi uma das originais, minha mãe foi uma das originais. Sim, história real.
E fuzileira. Meus pais se conheceram na Marinha. Mãe durona.
KING: Ela era fuzileira?
BON JOVI: Minha mãe foi fuzileira, sim.
KING: Fuzileira e coelhinha da Playboy?
BON JOVI: Sim.
KING: Em 1989 você disse a Rolling Stone que o laço entre você e seus colegas de banda é mais do que um casamento, é como uma irmandade. Isso ainda é verdade?
BON JOVI: Sim, absolutamente.
KING: O que os manteve juntos? Muitos grupos se separam.
BON JOVI: Sim, se separam. Chega uma hora que a carreira da maioria das bandas grandes na qual eles não sabem o porquê, mas ela está prestes a implodir e nós tivemos tempo para refletir sobre o que estava errado e tudo que estava dando errado, em retrospecto, era que aqueles que trabalhavam para gente, nos forçando a ir mais longe, mais shows, mais discos, mais disso, mais daquilo, só estavam fazendo o trabalho deles, mas na época eu não pensei pra apontar meu dedo e acusá-los de estarem nos matando pra ganhar a comissão deles.
Eles quase fizeram a banda rachar, mas quando eu consegui dar uma respirada e olhar pra questão, eu disse, espere um minuto. Eu não tenho treta com nenhum dos caras. Eu nem tenho problemas com os empresários. Só tínhamos que definir o que estava acontecendo, e demos um tempo. E uma vez que eu convenci os caras, após ter despedido o empresário, os agentes, e advogados e todo mundo e decidi assumir a função de empresário eu mesmo, que se vocês tiverem fé na minha visão nós podemos ficar aqui pra sempre, e eles concordaram.
KING: O que faz uma banda funcionar?
BON JOVI: Trabalho de equipe.
KING: Os membros têm que gostar um do outro?
BON JOVI: Não, mas no meu caso, sim. Na minha organização, sim.
KING: Você não tem que.
BON JOVI: Você não tem que.
KING: Assim como um jogador de beisebol de uma posição não tem que gostar do que joga na outra base.
BON JOVI: Absolutamente não. Mas é trabalho de equipe. Alguém tem que passar a bola, alguém tem que receber a bola. É desse jeito que rola.
KING: É como uma família? Em outras palavras, quando Richie Sambora teve problemas, vocês todos ajudaram ele?
BON JOVI: Pode apostar que sim. Com certeza. E cada um dos caras com seus problemas em casa ou nos negócios ou decisões que eles queriam tomar, com certeza.
KING: Você se envolve com caridade?
BON JOVI: Muito. Sim.
KING: Você participa das Olimpíadas Especiais, certo? Cruz Vermelha?
BON JOVI: Sim.
KING: Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation e a Habitat for Humanity.
BON JOVI: Tudo isso e coisas pequenas aqui e ali mas a grande base de toda minha filantropia e caridade agora está sob o guarda-chuvas do que é a Philadelphia Soul. Eu sou co-proprietário…
KING: O que é isso?
BON JOVI: …um time de futebol americano de arena. Você conhece futebol americano de arena?
KING: Claro.
BON JOVI: É jogado no intervalo do campeonato de futebol americano profissional.
KING: A NBC acaba de cancelar o contrato com eles.
BON JOVI: O que é muito bom.
KING: Mesmo?
BON JOVI: Tudo bem quanto a isso. Só vai melhorar pra nós.
KING: Porque é melhor pra vocês não ter contrato com uma emissora?
BON JOVI: Ah, vamos pra outra emissora, e será um contrato melhor.
KING: Temos uma pergunta pra você de Vince, no Brooklin. Vou tentar perguntar como Vince o faria. “Alguma vez houve alguma canção sua que você gostou mas não foi grande sucesso e vice-versa, uma canção que você não gostasse e foi um sucesso?”
BON JOVI: Posso lhe dizer que do momento que escrevemos “Livin’ on a Prayer” eu achava que ela nem deveria ser incluída no “Slippery When Wet”. Ela é provavelmente o maior sucesso dentre nossos maiores sucessos.
KING: Você não gostava dela?
BON JOVI: Eu achava que era legalzinha. Ficou em primeiro lugar por não sei quantas semanas e é um marco em nossa carreira.
Havia outras canções. Tinha uma balada nesse disco chamada “Welcome to Wherever You Are” que foi influenciada e muito pelo que estava rolando durante a eleição e eu achei que com certeza seria uma música de união universal, atemporal, um hino da diversidade. Não foi sucesso, nem perto disso.
KING: Não tem como adivinhar o que o povo quer, certo?
BON JOVI: Certo.
KING: Não é uma ciência exata.
BON JOVI: Você sempre vai estar atrasado um dia e com um dólar a menos de você tentar fazer isso. Tudo que você faz que realmente funciona, quando você consegue prender o relâmpago na garrafa, é um acidente. Não é uma ciência, é um acidente.
KING: Mais com Jon Bon Jovi, e mais uma vez, ele vai cantar em alguns minutos. Não saiam daí.
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