sexta-feira, 1 de julho de 2011

Jon Bon Jovi: entrevista com Larry King-parte 4

KING: Estamos de volta com a vida e feitos de JON BON JOVI. Pela primeira vez no programa. Um grande prazer. Como é que esse nome, Jon Bon Jovi…

BON JOVI: A fonética, na verdade. Meu nome é Bongiovi. Meu sobrenome é Bongiovi.

KING: Um nome?

BON JOVI: Sim, mas se soletra B-O-N-G-I. Quando assinei um contrato com uma gravadora, eu era um artista solo e eu montei a banda em volta de meu contrato então pensamos na fonética, nos livramos do G-I, mudamos pra J e eis o nome da sua banda.

KING: Irmãos e irmãs?

BON JOVI: Sim. Dois irmãos mais novos.

KING: Musicais?

BON JOVI: Não. Mas um deles está na indústria fonográfica. Ele dirige nosso show. Ele é o diretor do vídeo que rola por trás de nós e outro tem um restaurante maravilhoso e uma casa noturna.

KING: Sua mãe foi coelhinha da Playboy?

BON JOVI: Ela foi. Uma das coelhinhas originais. Quando o clube da Playboy era na rua 58 ou 59, ali perto do [hotel] Plaza.

KING: Você se lembra disso?

BON JOVI:
Eu realmente fui lá quando era criança. Ah, se eu tenho histórias e fotos…

KING: [INAUDÍVEL]

BON JOVI: Elas tinham aqueles uniformezinhos pequenos e meu pai era esse fodão porque ele era casado com uma coelhinha da Playboy.
E eu já era nascido, na verdade, mas Lauren Hutton foi uma das originais, minha mãe foi uma das originais. Sim, história real.
E fuzileira. Meus pais se conheceram na Marinha. Mãe durona.

KING:
Ela era fuzileira?

BON JOVI: Minha mãe foi fuzileira, sim.

KING: Fuzileira e coelhinha da Playboy?

BON JOVI: Sim.

KING: Em 1989 você disse a Rolling Stone que o laço entre você e seus colegas de banda é mais do que um casamento, é como uma irmandade. Isso ainda é verdade?

BON JOVI: Sim, absolutamente.

KING: O que os manteve juntos? Muitos grupos se separam.

BON JOVI: Sim, se separam. Chega uma hora que a carreira da maioria das bandas grandes na qual eles não sabem o porquê, mas ela está prestes a implodir e nós tivemos tempo para refletir sobre o que estava errado e tudo que estava dando errado, em retrospecto, era que aqueles que trabalhavam para gente, nos forçando a ir mais longe, mais shows, mais discos, mais disso, mais daquilo, só estavam fazendo o trabalho deles, mas na época eu não pensei pra apontar meu dedo e acusá-los de estarem nos matando pra ganhar a comissão deles.

Eles quase fizeram a banda rachar, mas quando eu consegui dar uma respirada e olhar pra questão, eu disse, espere um minuto. Eu não tenho treta com nenhum dos caras. Eu nem tenho problemas com os empresários. Só tínhamos que definir o que estava acontecendo, e demos um tempo. E uma vez que eu convenci os caras, após ter despedido o empresário, os agentes, e advogados e todo mundo e decidi assumir a função de empresário eu mesmo, que se vocês tiverem fé na minha visão nós podemos ficar aqui pra sempre, e eles concordaram.

KING: O que faz uma banda funcionar?

BON JOVI: Trabalho de equipe.

KING: Os membros têm que gostar um do outro?

BON JOVI: Não, mas no meu caso, sim. Na minha organização, sim.

KING: Você não tem que.

BON JOVI
: Você não tem que.

KING: Assim como um jogador de beisebol de uma posição não tem que gostar do que joga na outra base.

BON JOVI: Absolutamente não. Mas é trabalho de equipe. Alguém tem que passar a bola, alguém tem que receber a bola. É desse jeito que rola.

KING: É como uma família? Em outras palavras, quando Richie Sambora teve problemas, vocês todos ajudaram ele?

BON JOVI: Pode apostar que sim. Com certeza. E cada um dos caras com seus problemas em casa ou nos negócios ou decisões que eles queriam tomar, com certeza.

KING:
Você se envolve com caridade?

BON JOVI: Muito. Sim.

KING: Você participa das Olimpíadas Especiais, certo? Cruz Vermelha?

BON JOVI: Sim.

KING: Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation e a Habitat for Humanity.

BON JOVI: Tudo isso e coisas pequenas aqui e ali mas a grande base de toda minha filantropia e caridade agora está sob o guarda-chuvas do que é a Philadelphia Soul. Eu sou co-proprietário…

KING: O que é isso?

BON JOVI: …um time de futebol americano de arena. Você conhece futebol americano de arena?

KING: Claro.

BON JOVI: É jogado no intervalo do campeonato de futebol americano profissional.

KING: A NBC acaba de cancelar o contrato com eles.

BON JOVI: O que é muito bom.

KING: Mesmo?

BON JOVI: Tudo bem quanto a isso. Só vai melhorar pra nós.

KING: Porque é melhor pra vocês não ter contrato com uma emissora?

BON JOVI: Ah, vamos pra outra emissora, e será um contrato melhor.

KING: Temos uma pergunta pra você de Vince, no Brooklin. Vou tentar perguntar como Vince o faria. “Alguma vez houve alguma canção sua que você gostou mas não foi grande sucesso e vice-versa, uma canção que você não gostasse e foi um sucesso?”

BON JOVI: Posso lhe dizer que do momento que escrevemos “Livin’ on a Prayer” eu achava que ela nem deveria ser incluída no “Slippery When Wet”. Ela é provavelmente o maior sucesso dentre nossos maiores sucessos.

KING: Você não gostava dela?

BON JOVI: Eu achava que era legalzinha. Ficou em primeiro lugar por não sei quantas semanas e é um marco em nossa carreira.
Havia outras canções. Tinha uma balada nesse disco chamada “Welcome to Wherever You Are” que foi influenciada e muito pelo que estava rolando durante a eleição e eu achei que com certeza seria uma música de união universal, atemporal, um hino da diversidade. Não foi sucesso, nem perto disso.


KING: Não tem como adivinhar o que o povo quer, certo?

BON JOVI:
Certo.

KING: Não é uma ciência exata.

BON JOVI: Você sempre vai estar atrasado um dia e com um dólar a menos de você tentar fazer isso. Tudo que você faz que realmente funciona, quando você consegue prender o relâmpago na garrafa, é um acidente. Não é uma ciência, é um acidente.

KING: Mais com Jon Bon Jovi, e mais uma vez, ele vai cantar em alguns minutos. Não saiam daí.

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