Foto da chamada: Roberta Forster
Chris D. da revista Decibel, conduziu uma entrevista com o guitarrista Andreas Kisser do SEPULTURA. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
Decibel: Como foi o processo de composição para o novo álbum do Sepultura, "Kairos"?
Andreas Kisser: Foi uma fonte de idéias inesgotáveis. Tivemos muitas idéias, mas o Sepultura tem uma certa maneira de compor. É muito natural. Nós só gostamos de ter os nossos instrumentos em mãos, tocar e pronto. Somos influenciados por nós mesmos. São 26 anos da história. Os dois últimos registros foram inspirados nos livros, "A Divina Comédia" e "Laranja Mecânica". Agora, é como se nós estívessemos fazendo a nossa própria biografia. Nós gostamos de falar sobre nossas famílias, experiências no palco, viajar, nossas relações sobre rótulos, imprensa e da mídia, durante as composições. É mais um álbum íntimo. Quisemos nos focar nessas coisas. Cada música tem um propósito. Nós escrevemos músicas novas o tempo todo, mas nós trabalhamos apenas nas melhores. Nós não queríamos ficar perdido em nossa própria produtividade, sabe?
Decibel: Você já se perguntou de onde vem os riffs que você cria?
Andreas Kisser: Bem, da própria vida. Tantas coisas que você aprende. Eu sou um pai. Tenho três filhos. Estou casado há mais de 20 anos. Essa é uma experiência totalmente nova. Música vem de toda parte. O Sepultura trabalha se inspirando em temas de livros, mas a vida é mais desafiadora. Você tem uma tendência a criar, em vez de soar como SLAYER, YES ou PINK FLOYD. Nós desafiamos nossos limites para produzir sons a partir de nossos sentimentos. A música é uma expressão de nossos sentimentos. Sentimentos do Sepultura. Quero dizer, nós não queremos perder o peso e perder a musicalidade das canções. Queremos equilíbrio.
Decibel: As reuniões estão em alto agora. Quais as chances de uma reunião com os irmãos Max e Igor (Cavalera)?
Andreas Kisser: Não há uma possibilidade. Nós estamos tão longe disso. Reuniões às vezes não dão certo. É como tentar voltar no tempo. É estúpido. É como se você tivesse seus últimos centavos no bolso. Isso não faz parte da música. Estou muito mais interessado em crescer e viver hoje com o Sepultura. Sepultura 2011. Eu quero construir a partir de agora, então, se quero fazer uma reunião?... não!
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