Na primeira tour norte-americana do LED ZEPPELIN como banda principal, o JETHRO TULL ficou encarregado de abrir os concertos com uma apresentação de 35 minutos. Tão cedo essa tour se iniciou, o pessoal do Tull começou a sofrer na mão do Zeppelin, principalmente pelo fato de Ian Anderson ser completamente careta e odiar aquele lance de drogas e groupies. Primeiro foi John Bonham, que tinha como diversão favorita nessa época urinar na máquina de gelo que fornecia algum frescor aos drinques sorvidos pela banda de Ian Anderson e Martin Barre. Page adorava mostrar para Anderson o que ele havia feito na noite anterior com as groupies, tudo devidamente registrado com sua Polaroid. Jones era mais quieto e ficava na sua, mas quem mais irritava Anderson era o golden god em pessoa: “Robert Plant era um cara ok, mas nós nunca nos demos bem... Para atenuar as coisas, eu estava um tanto quanto invejoso naquela tour, pois sua habilidade vocal era infinitamente superior a minha. Eu não nasci com todos aqueles atributos e sabia que nunca seria páreo para ele...”. Quem também não curtia muito esse sucesso de Plant com as norte-americanas era Frank Zappa, que achava injusto as bandas inglesas crusarem o Atlântico, terem sucesso imediato na América, e arrasarem com o novo continente assim como faziam as hordas de guerreiros Vikings (alguém aí falou em “Immigrant Song”?).
Segundo Ian Anderson, sua banda e o LED ZEPPELIN cultivavam uma sadia rivalidade típica de times de futebol, mas era o interesse mútuo em folk e música oriental que unia os grupos de Anderson e Page. Ambos idolatravam caras como Roy Harper e invejavam a sua simplicidade quase nonsense...
O caldo quase entornou entre as duas bandas nos bastidores do show no Playground, de Chicago, em fevereiro de 1969. Tudo começou porque o casaco que Anderson usava nos palcos, e fora dele, foi roubado do camarim em que ambas as bandas dividiam. O casaco era na verdade do pai de Anderson, ou seja, um alto valor sentimental estava envolvido... Foi sugerido pelos roadies que Robert Plant havia “passado a mão” na exótica peça, mas como, segundo Anderson, ela provavelmente não ficaria bem no frontman do Zeppelin, o rumor foi logo dissolvido... Mesmo 40 anos depois, Anderson ainda guarda uma certa mágoa:
“Fiquei extremamente furioso na época. Se alguém tivesse roubado a minha flauta, talvez eu tivesse ficado menos puto da vida...”.
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