Estas imensas mudanças ocorreram no início do ano, quando o AC/DC anunciou planos para fazer seu primeiro álbum sem os seus produtores de longa data, ex-Easybeats, Harry Vanda e George Young. Sendo o último, o irmão mais velho de Angus e Malcolm.
Mais ou menos na mesma época, o AC/DC contratou um empresário novo e muito influente, Peter Mensch, um americano agressivo, como sucessor de Michael Browning.
Anteriormente empregado pela organização Leber-Krebs em Nova Iorque, Mensch ajudou a desenvolver carreiras de monstros do rock americano nos anos 70, como Aerosmith e Ted Nugent. Depois disso ainda ajudou a criar a poderosa empresa Q-Prime, com seu sócio Cliff Burnstein. O primeiro grande cliente da Q-Prime: Metallica.
No início da primavera de 1979, AC/DC passou três longas e improdutivas semanas em Miami, trabalhando no novo material com o produtor Eddie Kramer (de Jimi Hendrix e Kiss).
De acordo com Malcolm Young, Kramer era um idiota. Ele olhava para Bon e dizia: Seu vocalista consegue cantar? Ele pode ter ocupado um cargo atrás da guitarra de Hendrix, mas certamente ele não é o Hendrix.
Frustrado com a falta de progresso, o AC/DC foi embora da Flórida e se mudou novamente para a Grã-Bretanha. Ao falhar na relação com o amplamente experiente Kramer, decidiu fazer uma tentativa com um produtor com chances de êxito: um cara chamado Robert John “Mutt” Lange.
Nascido na Rodésia (atual Zimbábue) Lange tinha poucos créditos de estúdios no seu currículo, incluindo The Boomtown Rats, City Boy, The Motors e Graham Parker. Mas trabalhar com AC/DC seria o ponto de virada da sua carreira. Ele mais tarde faria muito sucesso também com Def Lepard, Foreigner, The Cars, Bryan Adams, Heart e muitos mais, incluindo Shania Twain.
O ex-empresário Browning, que desistiu de dirigir um clube em Melbourne, Austrália para guiar a carreira iniciante do AC/DC, tinha originalmente recomendado Lange para a banda.
Acharam que Browning tinha levado o AC/DC tão longe quanto podia. O consenso dizia que eles precisavam de alguém com mais poder e força para capitalizar completamente sobre seu sucesso no mercado americano.
Quando AC/DC e Lange encontraram-se nos estúdios Roundhouse em North London para definir algumas faixas do álbum Highway To Hell, logo se tornou óbvio que o produtor queria dar brilho extra às dinâmicas típicas de rock´n´roll do AC/DC.
Assim que começaram, não havia motivo para preocupações. AC/DC ainda soava agressivo, mas seus refrões eram mais melódicos e estruturados.
Lange realizou um trabalho admirável ao refinar e marcar as músicas da banda sem perder o canto rústico, que era a fonte do seu apelo original.
Mas o processo de gravação foi longo. AC/DC estava acostumado a terminar um álbum em três semanas. Sob a orientação de Lange esse período estendeu-se para três meses.
Angus Young resumiu brevemente a contribuição de Lange naquela época comentando o quanto achava ele demais, o cara do som. Ele sempre tentava dobrar a qualidade do som. Mas o AC/DC era responsável pelas músicas e pelos grooves.
Na estrada, na Grã-Bretanha e na Europa, para promover o Highway To Hell, o AC/DC excursionou com bandas promissoras da nova onda de heavy metal britânico como Def Leppard e Diamond Head, assim como também com bandas com mais experiência como Judas Priest.
Nos Estados Unidos Cheap Trick e Ted Nugent abriram seus shows. Retornando à Grã-Bretanha, o AC/DC foi convidado especial de sua banda favorita: The Who, num show inesquecível no estádio Wembley no dia 18 de agosto.
AC/DC terminou sua tour Highway To Hell com seis shows no antigo Hammersmith Odeon de Londres (atual Apollo) durante o natal de 1979, fora algumas gigs reagendadas em New Castle e Southampton em janeiro seguinte.
AC/DC foi colocado no mega estrelato assim que os anos oitenta começaram. Além das faixas que eles tinham que trabalhar no estúdio E-Zee Hire, Malcolm Young criou uma nova música. Começando com um riff incrivelmente repleto de batidas, se tornaria a faixa título para o primeiro álbum da banda de uma nova década: Back in Black.
Mas então o impensável aconteceu, Bon Scott morreu.
Voaram de volta para Melbourne e passaram algum tempo com os pais de Bon, Isa e Charles, também conhecido como Chick. Angus recorda do pai de Bon dizendo para ele e Malcolm: “Vocês devem continuar com o AC/DC. Vocês são jovens, estão no pico do sucesso e não podem se permitir a desistir agora”. Mas eles estavam tão abalados, que não ouviam, pois estavam muito afundados no seu pesar. O pai de Bon continuou repetindo suas convicções. Falou várias vezes: “Vocês devem continuar, ainda têm muito a oferecer”.
Apesar do encorajamento, Angus e Malcolm não estavam com ânimo para criar nenhum tipo de músicas novas. Ainda.
Estavam com os corações despedaçados. O mundo havia perdido um grande talento e, é claro, os fãs estavam arrasados. Mas a banda havia perdido muito mais. Eles haviam perdido um amigo – um amigo muito íntimo. Uma pessoa com a qual podiam se unir de verdade na vida. Não sabiam o que fazer naquela época.
Ao contrário à crença popular e ao que alguns indecentemente afirmaram, AC/DC não foi imediatamente procurar no mercado um vocalista que substituísse Bon logo após seu falecimento.
Peter Mensch aproximou-se da banda no vôo de volta para a Grã-Bretanha, após o funeral de Bon dizendo ter uma lista de nomes de cantores para darem uma olhada. Simplesmente não podiam ser incomodados com isso.
Mas assim que os dias de março lentamente foram passando, Angus e Malcolm juntaram forças para outra conquista que ainda permanecia como um projeto de álbum incerto.
Quando voltaram a Londres após o funeral, não ficaram muito tempo juntos. Mas depois de duas semanas mais ou menos, Malcolm chamou Angus e disse: “Ao invés de nós dois ficarmos sentados, lastimando, sem fazer nada, por que não trabalhamos um pouco? Pelo menos isso nos manterá juntos”.
Então os irmãos se fecharam no estúdio de ensaio e adotaram mentalmente um cerco.
Eles fecharam a porta e não pensaram em gravadoras, empresários, nada mais. Concentraram-se e trabalharam nas músicas.
Uma cortina de sigilo desceu. Haviam muitos rumores naquela época. As pessoas queriam saber o que estavam fazendo e quais eram os planos da banda. Muitos jornalistas telefonavam para a gravadora e pediam entrevistas. Mas ainda era muito cedo. Esquivaram-se disso tudo. Não queriam pressões externas.
Haviam perdido alguém muito próximo e não pensavam com clareza. Mas decidiram que trabalhar era melhor do que ficarem sentados, ainda em choque com o que acontecera a Bon. Então de algum modo, foi terapêutico.
O álbum que se tornaria Back in Black começou a tomar forma. Mas o futuro do AC/DC ainda estava muito indefinido.
Não sabiam realmente se o material que tinham era decente o suficiente. Não tinham muito a perspectiva das coisas. Então, o que os manteve em frente foi o fato de que Malcolm e Angus começaram a banda juntos e não queriam que acabasse. Afinal de contas tinham trabalhado em algumas músicas com Bon um pouco antes da sua morte. E seu pai queria que continuassem.
Cedo o bastante, a questão óbvia de um novo cantor no AC/DC, veio à tona.
Mesmo embora tenham se fechado, as pessoas ainda se interessavam por eles. Não eram apenas os jornalistas. Peter Mensch ficava em contato constante e sempre perguntava; O que vocês estão fazendo? O que estão armando? Ainda tenho uma banda para empresariar?
Depois de um tempo, quando perceberam que estavam próximos de ter todas as músicas prontas, sabiam que teriam que confrontar a questão de um novo vocalista. Mas não era como colocar um anúncio num jornal de música que dissesse: AC/DC quer um novo frontman. Isso teria sido muito arriscado. Teria que ser mais sutil do que isso. Pessoas como Bon são únicas São especiais. E não queriam que alguém viesse e o imitasse. Queriam alguém com sua própria personalidade.
Foram propalados rumores de que numerosos e vários frontmen faziam filas para fazer valer seus direitos como substitutos de Bon Scott.
Entre eles estava Stevie Wright dos Easybeats, Allen Fryer da banda do Oz Fat Lip (mais tarde renomeada Heaven). O londrino Gary Holton do grupo dos anos setenta The Heavy Metal Kids. O inglês Steve Burton, o vocalista de voz grave que foi frontman do primo de Angus e Malcolm, Steve Young no The Starfighters. Jimmy Barnes e um cara mais velho chamado Terry Wilson-Slesser que ficou famoso na Back Street Crawler, a banda formada pelo ex-guitarrista do Free, Paul Kossoff.
Outro vocalista, Marc Storace da banda suíça Krokus, até afirmou ter-lhe sido oferecido a ocupar a posição no AC/DC. Ele disse: “Nem fiquei tentado porque acreditava que a Krokus continuaria a crescer. Mas lembrando bem, fui ingênuo. Fui arrogante e ingênuo”.
Atualmente Angus Young ainda é cauteloso sobre o processo de teste de audição. Diz que foram sugeridas muitas pessoas. Velhos amigos telefonavam dizendo que conheciam alguém que poderia fazer o trabalho muito bem.
Allen Fryer realmente deixou sua banda Fat Lip para tentar dar certo como sucessor do Bon. Fryer falou com Albert Productions (o selo de gravação australiano e editor mundiais do AC/DC) e eles ficaram interessados. Simplesmente desistiu de tudo e foi fazer o teste para o AC/DC. Eles tiraram a voz de Bon dos tapes em músicas como Whole Lotta Rosie, Shot Down In Flames, Sin City e outras. E colaram sua voz por cima.
Voltou para Adelaide e descobriu de George (Young) e Harry (Vanda) que tinha conseguido a gig. Então apareceu num programa de TV que um garoto local era o novo vocalista do AC/DC. Foi uma surpresa, pois não era para ninguém saber disso. Então George e Harry o queriam na banda e enquanto isso os garotos (AC/DC) estavam em Londres testando alguns outros caras.
Um desses “outros caras” era uma figura pouco provável: um cara forte com boné de tecido, chamado Brian Johnson. Surgido de Country Durham, nordeste da Inglaterra, John estava num processo de tentar relançar sua banda Geordie dos anos setenta
Vinte e cinco anos se passaram, agora fica evidente que Bon Scott teve um efeito póstumo na escolha do seu sucessor.
Certamente sabiam que Bon era fã de Brian Johnson. Bon tinha visto Brian na Inglaterra em 1973, e ficou muito impressionado com ele. Bon estava excursionando com uma banda na qual ele fazia parte chamada Fraternity e abriram na época para Geordie.
Bon era fã de Little Richard, ele acreditava que qualquer um que cantasse rock´n´roll teria que se igualar a Little Richard. Bon dizia que Brian era um grande roqueiro nos moldes de Little Richard. Ele costumava comprar vários discos de rock´n´roll clássicos. E os trazia para Angus ouvir porque era o mais jovem no AC/DC. Bon costumava dizer para Angus: Você já ouviu esse disco, Angus? É um dos meus favoritos”. Isso foi uma parte importante na educação musical de Angus
Relembrando esses afetuosos acontecimentos, Angus e os meninos concordaram em testar Brian Johnson como novo vocalista do AC/DC. “Jonno” como ele ficaria conhecido, recebeu o chamado para viajar para Londres e ensaiar com a banda no dia 29 de Março de 1980. Mas não conseguiram encontrá-lo logo de cara,.Descobriram então que ele estava no andar de baixo, jogando sinuca com os roadies. A banda não conseguiu se conter e caiu na gargalhada. Brian parecia exatamente o cara simples que eles precisavam.
Johnson cantou Whole Lotta Rosie na sua audição: foi um ato de coragem cantar uma faixa tão intimamente associada ao Bon Scott. Outra música que dizem ter sido tocada na audição foi um clássico de Ike & Tina Turner “Nutbush City Limits”. Mas essa, Angus Young não confirmou.
Malcolm perguntou a Brian com quais músicas ele se sentiria confortável. E Brian disse que conhecia Whole Lotta Rosie, então tocaram. Brian também queria experimentar Highway To Hell. Malcolm perguntou o que mais ele queria testar. Tocaram um rock, talvez um de Little Richard ou qualquer coisa parecida.
Algumas semanas se passaram antes de Brian ingressar oficialmente no AC/DC.
Mas o irmão de Angus, Malcolm aparentemente já havia tomado uma decisão,:achando que Brian cantava brilhantemente. Seu teste os deixou com um sorriso nos rostos pela primeira vez desde que Bon falecera.
Depois de ter sido escolhido para a vaga Brian lembra-se de pensar consigo mesmo, Ah Brian, no que você está se metendo? “Na verdade não estava temeroso, estava ansioso. Olhava para tudo aquilo e pensava que se eu fosse despedido, poderia contar aos meus amigos que estive no AC/DC por algumas semanas e que tive umas boas férias em Londres”.
Na verdade, ninguém esperava que essas férias de Brian durassem esses últimos 25 anos – e continua a contagem.
Foi decidido que a gravação de Back in Black seria nos Estúdios Compass Point, na exótica cidade de Nassau, nas Bahamas, no final de Abril e Maio inteiro, mais uma vez com Robert John “Mutt” Lange na direção da produção.
Mas como Angus salientou, a banda teve a opção de abortar o processo de gravação se sentisse que o álbum não estava saindo como planejado.
Havia um pouco de pressão, um compromisso de que tinham que finalizar o disco numa data específica. Não poderiam ter gravado algumas faixas e ter dito: “Não, não gostamos dessas músicas, não estão legais”.
Após algumas semanas ensaiando suas novas músicas com Brian Johnson em Londres, o AC/DC voou para as Bahamas. Chegaram durante a calmaria de uma tempestade que assolava a ilha por três dias. Jonhson comentou que não era nenhum paraíso tropical. Era só inundação e havia queda total de eletricidade.
Não foi o começo mais auspicioso. Mas o clima rigoroso surtiu um efeito benéfico, inspiração para as linhas iniciais da primeira faixa do Back in Black, Hell´s Bells: “I´m the rolling thunder, the pouring rain. I´m comin´on like a hurricane” (Sou o trovão retumbante, a chuva torrencial. Chego como um furacão).
Já tinham praticamente todas as faixas prontas. A última que terminaram foi Rock & Roll Ain´t Noise Pollution que na verdade, Angus e Malcolm escreveram lá nas Bahamas. Sentiram que estavam com poucas faixas, então passaram alguns dias compondo entre overdubs de guitarras e as outras coisas que tinham para fazer no disco.
Dizem que o título Rock & Roll Ain´t Noise Pollution foi um argumento usado por Bon Scott com seu senhorio.
Malcolm diz não ser verdade. A canção era sobre o antigo Clube Marquee em Londres, quando era na rua Wardour. Era numa área construída e reclamavam sobre esse negócio de poluição sonora nos noticiários, toda essa coisa de meio-ambiente. Daí que veio a idéia.
E o resto das letras de Back in Black? Angus admite que várias idéias, refrões, títulos das músicas e fragmentos líricos já estavam no lugar antes mesmo de Brian chegar.
Os boatos persistem dizendo que o AC/DC roubou as letras de Back in Black de um caderno deixado por Bon Scott após seu falecimento.
Angus nega veementemente dizendo não haver nada do caderno de anotações de Bon. Após sua morte todas as suas coisas foram enviadas para sua mãe e sua família. Era material pessoal, cartas e etc. Não teria sido certo ficar com isso. Não lhes pertencia.
A gravação de Back in Black continuou com muita rapidez, mas o estúdio em Nassau não era tudo o que esperavam que fosse.
Notícias sobre um assassino de turistas com um facão para cortar cana espreitando a praia nas proximidades, sem dúvida aumentaram ainda mais as atenções do AC/DC. Mas nem tudo era stress. Malcolm: “Era o melhor lugar para fazer aquele álbum porque nada acontecia por lá. Nos sentávamos noite adentro com algumas garrafas de rum com leite de côco dentro e trabalhávamos. Foi desse jeito que muitas idéias de letras surgiram”.
A banda terminou Back in Black em cerca de seis semanas, um tempo recorde pelos padrões de “Sloth” (bicho preguiça) Lange.
Angus achou muito bom para todos gravar com Lange e um vocalista novo. Depois de Lange ter feito Highway To Hell tornou-se muito requisitado, mas foi bom para ele (gravar de novo com AC/DC). Especialmente depois do que aconteceu para a banda. É mérito do Mutt que ele ainda quisesse envolver-se com o AC/DC depois da morte de Bon.
Ao final da gravação John estava poderosamente de volta à vida. Ficou muito feliz em ter produzido o álbum. Mas na verdade não ouviu nenhuma música. Entrava e fazia alguns versos, saía, voltava de novo e fazia um refrão. Esse é o modo como Mutt trabalha.
Basicamente, a única reclamação de Johnson foi a respeito das notas altas em Shake a Leg, eram altas demais. Ele disse brincando que algumas notas nunca mais serão ouvidas por um ser humano novamente.
Lançado na América no dia 21 de Julho de 1980, e na Grã-Bretanha e Europa 10 dias depois, Back in Black estourou em primeiro lugar nas paradas de sucesso inglesas. Alcançou quarto lugar nos EUA, onde permaneceu por 131 semanas.
No ano passado, como condiz a um álbum que contenha uma faixa chamada Have A Drink On Me – Back in Black, ultrapassou sozinho o “Double Diamond”, marca de vendas nos EUA. Isso significa mais de 20 milhões de cópias vendidas, em outras palavras, 20 vezes disco de platina, um recorde batido apenas por apenas outros cinco. O Greatest Hits do Eagles (28 milhões), Thriller de Michael Jackson (26 milhões), The Wall do Pink Floyd (23 milhões), Led Zepelin IV (22 milhões) e Greatest Hits de Billy Joel (21 milhões).
Nos EUA, Back in Black está, agora, na frente de White Album dos Beatles, Come On Over de Shania Twain e de Rumours de Fleetwood Mac (todos com 19 milhões de cópias). Numa base mundial o álbum já ultrapassou as vendas de 42 milhões de cópias.
Até hoje Angus mal acredita nisso. Achava os caras figuras incríveis. De cair o queixo. Tudo o que já fizeram, ao longo de suas carreiras foi terem gravado alguma coisa, esperando que seus fãs gostassem. Nada foi premeditado. Esse é o modo como sempre conduziram tudo. Eles têm sido desse jeito desde o início. Quando começaram a tocar ao vivo, sempre pensaram no que as pessoas que estavam pagando para vê-los, queriam ouvir.
Back in Black também presta homenagem a Bon Scott.
Para Angus essa foi toda a idéia. A capa era preta e o álbum começava com a badalada de um sino.
Mas nem tudo foi tristeza. O álbum está repleto de partes com melodias sedutoras como Shoot To Thrill e You Shook All Night Long. Devemos lembrar que Bon era apreciador de uma boa festa. Quando alguém morre, as pessoas, freqüentemente, fazem vigília, algo que celebre a vida da pessoa. Bon não dava muita importância ao significado da vida. Ele vivia o momento.
Vinte e cinco anos após seu lançamento, Back in Black ainda persiste com uma marca muito boa no tempo. E continua a influenciar em dois níveis.
Para o comprador ocasional de discos de rock, o guerreiro de final de semana, se assim você preferir, alguém que não está preocupado com os detalhes finitos da história do AC/DC, Back in Black preserva uma presença e um poder dominadores.
Para os fãs constantes do AC/DC Back in Black é tão vital como sempre foi. E para eles serve de elo entre a era Bon Scott e o renascimento da banda. O álbum é uma mistura turbulenta de emoções: há uma raiva perceptível sobre a morte prematura de Bon ligada a uma contínua determinação.
Angus comenta melancolicamente, que o que o deixa mais orgulhoso no Back in Black hoje em dia é o fato de terem sido fortes o suficiente para se manterem unidos e terem enxergado seu caminho em meio a uma tragédia.
AC/DC tocou sua primeira gig com Brian Johnson em Maur, Bélgica. Era 1º de Julho do verão de 1980. Cinco meses antes, num inverno sombrio do sul londrino, parecia ser o fim. E repentinamente a banda estava de volta. Em preto.
Esta é uma matéria antiga do site RockNews!
Vida longa ao AC/DC!
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