quarta-feira, 23 de maio de 2012

The Mission: faz show em São Paulo no próximo domingo

Várias bandas dos anos 1970 e 1980, quando fazem shows, costumam renegar parte de seu passado. Tocam hits da época em que estavam no auge, mas tentam mostrar que não pararam no tempo inserindo músicas recentes no set list.

Não é o caso da banda inglesa The Mission, que se apresenta domingo, em São Paulo. O grupo vem ao Brasil com a formação quase original e dedica o repertório a seus três primeiros discos. "Já que nos reunimos, vamos nos concentrar nos discos que eu, Craig Adams (baixo) e Simon Hinkler (guitarra) gravamos juntos", conta ao jornal Destak, por telefone, o vocalista e líder do Mission, Wayne Hussey.

Com isso, nenhuma canção de "Dum-Dum Bullets", o disco mais recente da banda, lançado em 2010, será apresentada ao vivo. Hussey, que completa 54 anos no próximo sábado, mora no centro de São Paulo há mais de cinco, mas não fala português. O visual dele e dos músicos também é bem diferente dos cabelos longos e roupas pretas que, na década de 1980, associavam a banda à cena gótica.

"Depois de um tempo, o visual não é mais tão importante (na carreira de uma banda). A música supera isso", fala Hussey. O grupo gravou hits como "Stay With Me", "Tower of Strength" e "Butterfly on a Wheel", mas no Brasil, ficou mais conhecido com "Severina". O Mission tinha como tradição lançar músicas com nomes de mulheres, como "Amelia" e "Fabienne".

"Todas estas mulheres existiram, com outros nomes, e inspiraram canções. Severina era uma menina de Liverpool. Em 1988, quando fomos pela primeira vez ao Brasil, não tínhamos idéia de como 'Severina' era famosa no país", lembra Hussey.

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