domingo, 13 de maio de 2012

Metallica: quando o grupo achou seu Derek Riggs

Quer saber quando uma banda está realmente em alta ou é uma banda clássica na mente da moçada? Olhe para a garotada em um show e veja quais grupos mais estampam as camisas. Foi assim no final da década de 90 quando mais de 70% de jovens usavam camisas do Cradle of Filth em qualquer que seja o show. Depois não foi difícil de ver Amon Amarth, Dimmu Borgir, Arch Enemy entre outros...

Os campeões de estampa sem dúvida ainda são: Iron Maiden com seu Eddie, Metallica, AC/DC, Sepultura e Megadeth. Só para citar alguns. O fato é que merchandising é um artigo que vende e muito.

O jornalista Mick Wall exemplifica muito bem essa corrida do ouro em Metallica – A Biografia. “Os integrantes do Iron Maiden  tinham ficado milionários com os lucros de produtos licenciados antes mesmo das vendas dos discos”.

Astutos como sempre, Lars e Mensch tinham percebido que a maioria das marcas de merchandising de rock bem sucedidas arrecadava bastantes em itens para colecionadores; não bastava apenas ter uma camiseta da turnê de 1988, as bandas mais espertas produziam uma camiseta para cada situação. Nesse quesito o campeão era o Iron Maiden, que tinha seu próprio artista e designer, Derek Riggs, que produzia tanto as capas dos discos como as camisetas colecionáveis e os produtos relativos às turnês. As possibilidades eram incontáveis. O Iron Maiden vai tocar no Havaí? Bom, que tal uma imagem do Eddie numa prancha de surfe?

Nesse trecho do livro o autor disserta sobre a criação do Eddie e as diversas formas que a Donzela de Ferro encontrou para disseminar a ideia do mascote pelo mundo.

O fato de Eddie ter sido também transformado em parte da decoração de palco da banda nos anos de 1980 não passou despercebido pelo Metallica e pela Q Prime. Com o Metallica planejando a sua primeira turnê em estádios como atração principal, Lars decidiu que eles precisavam de um Derek Riggs, até mesmo de um Eddie, talvez.

O Metallica encontrou seu próprio Derek Riggs em Pushead (Brian Schoeder), um dos amigos skatistas de James, que ele tinha conhecido em um show do Venom em 1985. “Ele (James Hetfield) viu um trabalho que eu tinha feito para o Misfits”, Pushead recordou, “e perguntou se não podia colocar numa camiseta. Eu disse que não havia problema. Foi a camiseta que vestiu para a foto da contra capa do Master of Puppets, e assim toda a onda Cult dos Misfits começou.”


A primeira coisa que Pushead fez para o Metallica foi a camiseta de “Damage Inc.”, a seguir veio o projeto para o vídeo Cliff em All. Foi nas camisas, no entanto, que o design de Pushead se revelou. O próximo foi o da camisa, item disputado por colecionadores, “Crush course in brain surgery” – um exemplo clássico, assustador e engraçado do traço de Pushead.
Com o início da turnê mundial 1988-89, a banda pediu para ele aumentar a produção, começando com uma ilustração para o interior da capa de ...And Justice for All: uma mão, com a palavra “fear” tatuada nos dedos, segurando um martelo com os quatro rostos desenhados. Foi também uma ilustração de Pushead que adornou a capa do programa oficial da turnê mundial Damage Justice, em 1988-89, uma brincadeira com a “justiça cega” da capa do álbum – a Estatua da Liberdade numa versão esqueleto, com os pratos da balança enfaixados e a espada abaixada. Eles também encomendariam o design das capas de dois singles do álbum: “Harvester of sorrow” e “One”.

Esses trechos que você leu e muitas outras informações e curiosidades sobre a banda você encontrará no livro Metallica – A Biografia, escrito pelo jornalista inglês Mick Wall.


0 COMENTE AQUI:

Postar um comentário