DEE SNIDER, mais conhecido por ser o frontman da banda oitentista TWISTED SISTER, mantém-se muito ocupado hoje em dia. Nesse mês de maio, Dee lança seu segundo disco solo, ‘Dee Does Broadway’ e sua autobiografia, ‘Shut Up And Give Me The Mic’. Enquanto o Twisted Sister fica na geladeira por uns tempos, Dee também abraça até a possibilidade de uma sequência para seu filme de horror, ‘Strangeland’. Entre um projeto e outro, Dee conversou com o site Music Star, sessão da qual alguns trechos traduzidos seguem abaixo:
[...] RMusicStar: Seu último CD, ‘Dee Does Broadway’, parece uma progressão natural de ‘A Twisted Christmas’, lançado em 2006. Você enxerga essa relação?
Dee Snider: O disco de Natal com certeza levou a esse. E ao ouvir toda a vibe ‘rock’ do lance de Natal, o que eu sempre curti, eu percebi todo o potencial de coisas não-rock. Eu sempre acreditei que se Bach e Beethoven estivessem vivos hoje em dia, eles estariam no Slayer e no Metallica, respectivamente. Quando eu era moleque, eu ouvia essas músicas de shows porque eu fazia parte do coral, e meus pais sempre me levavam ás peças. Eu sempre amei música pesada, mas mesmo esse gênero parecia mais poderoso, mais poderoso do que o modo pelo qual ele era apresentado.
RMS: E esse é seu primeiro CD fora do Twisted Sister desde o Widowmaker, correto?
DS: Na verdade a última coisa que eu fiz fora do TS foi um lançamento pequeno, onde coloquei um monte de demos e sobras de estúdio do Widowmaker e do Desperado. Alguém me ofereceu muito dinheiro para gravá-las, e se chama ‘Never Let The Bastards Wear You Down’. E isso saiu muitos anos atrás. Eu realmente vejo isso [‘Dee Does Broadway’] como meu primeiro disco solo. Isso foi algo em que e realmente me concentrei. Não tive muito dinheiro para gravá-lo. Eu banquei tudo. Eu não sei se vou recuperar um centavo que seja. Eu não me importo. Eu estou empolgado com ele, e isso é que é importante.
RMS: Obviamente isso o torna um marco muito mais definitivo como artista-solo do que um disco de rock simples e direto, o que não seria muito diferente de um novo CD do Twisted Sister.
DS: As pessoas têm falado sobre fazermos um novo disco do Twisted. O que eu acho que seria como ir ‘De Volta Para o Futuro’. Você estaria fazendo um disco antigo nos tempos atuais. E eu realmente não tenho tesão nisso. E não há mercado pra isso. Aqueles discos não vendem tanto, e as pessoas têm mostrado que não estão lá muito interessadas em bandas antigas gravando música nova. E se soa como seu material antigo, elas dizem, ‘Ah tá, ok, beleza, já ouvimos isso antes, só queremos ouvir as coisas originais’. Esse disco é definit6ivamente um grau de mudança de carreira para mim por um lado, mas também é algo pelo qual tenho gana e empolgação, e queria fazer.
RMS: Ao longo dos anos, você criticou bastante o KISS, ainda que para ‘Dee Does Bradway’ você escolheu trabalhar com Bob Kulick, que é parte do Kiss por associação, por assim dizer. Como você acabou trabalhando com Bob?
RMS: Ao longo dos anos, você criticou bastante o KISS, ainda que para ‘Dee Does Bradway’ você escolheu trabalhar com Bob Kulick, que é parte do Kiss por associação, por assim dizer. Como você acabou trabalhando com Bob?
DS: Se eu critiquei o Kiss, foi como fã. Eu não sou um desses caras do ‘Kiss Army’, mas eu com certeza tenho os três primeiros discos, até ‘Kiss Alive “’. Eu com certeza os adoro e eles ainda são muito bons de ir se ver, exceto por quando eles tocam ‘I Was Made For Loving You’ [risos]. O que digo é, é assim mesmo? Falando sério? Vocês vão tocar essa bosta? Foi um erro desde a primeira vez. Vocês se venderam, filhos da puta. Nós não devíamos ter perdoado vocês. Mas eu não tenho problema com isso.
Eu trabalhei com Bob Kulick em vários disco-tributo, e a última coisa na qual trabalhei com ele foi no tributo a Frank Sinatra. Quando eu tive a ideia do CD, eu estava pensando em quem ia produzi-lo. Bob com certeza pegou o espírito da coisa. Ele tinha pegado aquelas músicas do Sinatra e as deixado matadoras. Eu sabia que trabalhando com ele, elaboraríamos os arranjos apropriados e teríamos a abordagem certa em músicas diferentes.
RMS: Ao mesmo tempo em que seu CD é lançado, você também está divulgando sua autobiografia, ‘Sht Up And Give Me The Mic’. Qual sua perspectiva sobre o livro?
DS: Primeiro, eu escrevi ele todo sozinho. A Simon & Schuster não queria que eu o escrevesse assim, porque ninguém faz assim. E se você acredita que viciados em heroína realmente escrevem um diário [nota do tradutor: tapa na cara de NIKKI SIXX]… meu…fala sério! Eles não conseguiam achar o próprio pau, imagine um lápis. Eu nunca usei drogas e nunca bebi. Então sou uma pessoa limpa e participante sóbrio, e observador da ‘Década de Decadência’. O livro, pra mim, lida com minha ascensão e queda. Começa com o dia que eu decidi ser um astro do rock, e acaba com o ponto mais baixo de minha carreira, depois do Twisted Sister, quando eu perdi tudo [nos anos 90]. Eu estava completamente fudido. Eles me fizeram escrever um epílogo pro livro, mas eu fiquei meio, ‘todo mundo sabe que estou passando bem agora’. Mas sim, o fim é tão deprimente. O epílogo pula uns 15 anos, onde estou na Broadway, na noite de abertura, refletindo sobre o quão longe eu consegui voltar nos últimos anos. O livro é na verdade a história de minha luta, minha perseverança, e meio que repassa como as coisas aconteceram, pra melhor ou pra pior.·.
RMS: Você mencionou não ter desejo de criar novo material com o Twisted Sister, pode nos dizer qual é o status da banda?
DS: Eles não leram o livro ainda, e eu espero que eles sobrevivam a isso. Eu não falei mal da banda, eu não expus nada pessoal, não é a minha. Mas eu falo sim sobre os lances internos e as relações, e há algumas coisas ali com as quais eles podem não ficar felizes por eu expressar meus sentimentos. Mas temos alguns festivais marcados ao redor do mundo, alguns nos EUA, cerca de 6 ou 8 nesse verão. [...]
[...] RMS: A maioria de nós sabe que ‘Reality TV’ não é exatamente ‘realidade’. Tendo dito isso, você gostou do modo que você e sua família foram mostrados como personagens em rede nacional de TV?
DS: Nosso programa de reality TV foi mais real do que a maioria do que rolam por aí. Eu não vou dizer nenhum nome aqui [tossindo: ‘Gene SImmons’]. Sim, o filho dele estava mesmo carregando um bolo sem caixa no colo, no banco da frente do carro, e a filha dele simplesmente meteu o pé no freio e ele acidentalmente meteu a cara no bolo. Eu vi isso em ‘I Love Lucy’. Nós insistimos que nosso programa fosse real. [...]
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