ANDRE MATOS vocalista e compositor, concedeu entrevista ao blog OnStage comentando sua carreira, turnê com o VIPER, e muito mais, confira abaixo um trecho:
OnStage: Parece que o ano de 2012 reserva boas surpresas aos seus fãs antigos com a turnê To Live Again Tour, rememorando seu tempo com a banda Viper. Conte-nos um pouco mais dessa história de reavivar a época do Viper?
Andre Matos: Bem, essa foi uma idéia que nós, ex-membros do Viper, os remanescentes da formação original, tivemos, pois, independente das nossas carreiras e tudo que ocorreu ao longo dos anos, nós nos mantivemos amigos, vizinhos de bairro, em São Paulo. Ou seja, volta e meia nós nos encontrávamos para bater papo e sempre voltava à tona essa idéia de fazer alguma coisa comemorativa, fazer algo para valer juntos. Há uma fase anterior em que o Viper voltou com outro vocalista, o Ricardo Bocci, que era um excelente cantor, e lançou o disco de inéditas, All My Life, cujo álbum eu participei e realizei alguns shows como convidado. Com isso, o Viper estava em outra etapa com vocalista próprio, e eu super focado na minha banda solo, logo, a reunião com a banda não se faria possível. Mas eu sabia que passaria um período no Brasil, porque não estou morando o tempo todo aqui, e voltaria ao país para turnês da banda solo e da gravação do novo disco, cujo processo começará em breve. Com isso, eu teria essa disponibilidade e coincidiu de encontrar com o pessoal do Viper. Aliás, quem levantou muito essa questão da reunião foi o pessoal do site Wikimetal, porque são nossos amigos há muitos anos, quando do começo da banda. Eu me lembro que cada um dos integrantes fora entrevistado, um por vez, e nessas entrevistas se via muito claramente que havia em cada um a vontade de voltar trabalhar novamente juntos, mas a questão era: vontade nós temos, no entanto, não sabemos quando e como. E foi questão de alguns meses atrás que nos encontramos e veio à ideia definitiva de fazer a reunião com todos os membros originais, inclusive com o Yves Passarel.
OS: Mas o Yves não é membro do Capital Inicial?
Andre: Sim! Ele está no Capital há dez anos e a banda tem uma agenda fixa com shows marcados pelo ano inteiro, então, nessa reunião ele colocou para a gente: ‘quero muito participar, claro, por uma questão de amizade e afinidade, mas não poderei participar de todos os shows, porque tenho compromissos marcados há mais de seis meses e não posso faltar’.
OS: Que atribuição de valor e responsabilidade você agrega a ambos os discos (sobre os discos 'Soldiers of Sunrise' e Theatre of Fate') na formação do cenário metálico brasileiro?
Andre: Eu não quero puxar a sardinha para nossa brasa dizendo que nós éramos os únicos porque não os fomos. Antes de nós o pessoal do Stress, Dorsal Atlântica, Sepultura, Vulcano, Santuário, Centúria, Salário Mínimo, etc, já tinham lançado seus discos e essas bandas que devem ser lembradas e veneradas por quem se interessa pela origem do movimento. A diferença é que nós começamos com uma idade tenra, vamos dizer assim. Eu comecei com treze para catorze anos; o Pit tinha quinze, ou seja, todo mundo variando entre catorze a dezesseis. Éramos garotos querendo fazer musica, querendo fazer metal.
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