Em 1969, sob o ranço da tradição vitoriana, Woodstock acontecia. Foi o divisor de águas: dali pra frente o rock and roll Elvis Presleyano tomaria formatos diversos. No berço do movimento hippie, bandas combativas e revolucionárias mostravam outra forma de ataque – a Revolução não se faz apenas pela luta armada. Lutavam contra as indiferenças, preconceitos e hábitos que o mundo dito “avançado” alimentava, com frases feitas, seus jovens e adultos. Disseram não; cuspiram tudo de volta, engasgados estavam.
A década de 1970 entrou de sola. Bebendo do líquido combativo de seus predecessores – do Blues ao Classic Rock-, as guitarras distorcidas entraram em cena para enfrentar mais a finco a estrutura estabelecida. Surgiram, entre outros, o Punk e o Heavy Metal. Ao contrário do que muita gente pensa, não são apenas música, são também formas de manifestação. Cada spike, cada patch, cada calça rasgada e jaqueta de couro surgem como uma arma que atira, não para matar, mas para apenas atordoar. Estonteado, você vai além, você transcende.
A perturbação foi tanta que ações inglesas mais sérias foram movidas contra a cultura rock. Em 1984, Dee Snider, vocalista do Twisted Sisters, foi intimado por uma comissão do Senado Inglês a falar sobre as acusações da CPRM, Centro de Pais de Recursos Musicais de Londres. A instituição considerava as letras uma ameaça a juventude e aos valores da família. Como se não bastasse, a igreja também se manifestou; saiu às ruas em protestos para impedir o avanço da influência demoníaca nos jovens. A mídia, por sua vez, reproduziu num mimetismo frenético, todos esses pontos de vistas conservadores e preconceituosos.
Matéria Elaborada Por: Wesley Prado, estudante de jornalismo e amante do Rock.
Pagina Oficial - Wesley Prado
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