quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Deep Purple: volta ao Brasil pela 4ª vez em 6 anos

"Nós gostamos de tocar em qualquer lugar. Mas o Brasil é especial". A frase é de Ian Gillan, 66 anos, vocalista do Deep Purple. Nos últimos seis anos, a banda se apresentou no Brasil em quatro oportunidades.
"Tudo isso? Nossa, como o tempo passa!", disse ao iG de Belém. O grupo deu a largada na turnê na terça-feira, na capital paraense.
Para Gillan, uma das melhores coisas do Brasil é o otimismo. "Sei que o país, como qualquer lugar, tem problemas. Mas vocês têm uma atitude otimista para lidar com eles e isso é contagiante. Além disso, enquanto o mundo inteiro está em crise, vocês estão indo bem. Sempre que vou ao Brasil, me divirto bastante."
A visita mais divertida ao país, no entanto, não foi com o Deep Purple. "Lembro de uma vez em que cantei no Brasil com o Repo Depo, uma banda que formei em uma das vezes em que fui despedido do Deep Purple", ri.
"Foi no final dos anos 1980 ou começo dos anos 1990. Foi diferente, porque era uma equipe pequena, oito pessoas juntando todo mundo. Tocamos em lugares menores, tivemos tempo para nos divertirmos. Foi ótimo."
Desta vez, a estrutura é bem diferente. O Deep Purple ainda vai tocar em mais cinco cidades: Fortaleza 7/10), Campinas (8/10), São Paulo (10/10), Belo Horizonte (11/10) e Curitiba (12/10). Todas as apresentações serão em locais bem grandes. "O segredo é manter o clima intimista. Tentar transformar os locais maiores em pequenos", explica.
O repertório da atual turnê traz alguns dos maiores clássicos da banda, como "Smoke on the Water" e "Highway Star". Nas apresentações na América do Norte e na Europa, o grupo tocou acompanhado de uma orquestra. "Mas no Brasil seremos só nós. Um show normal do Deep Purple. Não teríamos como levar 40 músicos", diz Gillan.
No final deste ano, a apresentação realizada no dia 16 de julho será lançada em DVD. Esse show aconteceu justamente no famoso Festival de Montreux, na Suíça. O Deep Purple não só já tocou várias vezes no evento como o citou na letra de sua música mais famosa, "Smoke on the Water". "Ainda não vi como ficou o DVD. Mas o show foi ótimo."
Por enquanto, esse é o único lançamento previsto da banda. "Nós nunca fazemos planos. Os discos simplesmente acontecem", explica. "Acho que o único álbum planejado foi o 'In Rock', de 1970. E mesmo assim, só um pouco."
"Outro problema é que fazemos tantos shows que, quando acaba uma turnê, só queremos saber de tirar férias", conta. "Além disso, nós nunca conversamos sobre música. Nossas conversas envolvem carros, cachorros, cerveja."
Quem for a uma das apresentações da banda no Brasil deve ficar atento a uma das primeiras canções tocadas, "Maybe I'm a Leo". "Ultimamente, é a música que mais gosto de cantar", revela Gillan. Trata-se de uma das faixas do clássico disco "Machine Head", de 1972. "Só agora a banda aprendeu a tocar direito. Antes era muito rápido. Agora está no ritmo certo", diverte-se. (Por Augusto Gomes, iG São Paulo)

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