Criminal Records: loja de discos dos EUA fecha as portas

Será que a Amoeba (maior rede de lojas de discos de Los Angeles e São Francisco, na foto acima) é a próxima? A última rede independente de loja de discos a fechar é a CRIMINAL RECORDS, com sede em Atlanta. A Criminal deve fechar as portas por volta do dia 1º de Novembro, devido a uma mistura de vendas baixas, recessão econômica, sobre-expansão e uma migração contínua para os downloads digitas. “Temos estado em situação difícil desde que a economia se abalou,” disse o fundador e proprietário Eric Levin ao jornal Constitution. “Temos estado numa tentativa de resgate há três anos. Chega de pagar por isso sozinho.”

Qualquer coisa poderia, em tese, acontecer ao longo dos próximos dois meses, e Levin precisa de uma injeção de aproximadamente 150 mil dólares. Mas Levin já tentou um empréstimo, sem sucesso. Isso deixou seu cartão de crédito como única saída, e você não consegue viver no vermelho por muito tempo. Levin havia dito há muito que daria até agosto para ver o estado das coisas.

Mas isso é mais do que apenas outra loja de discos indo pro saco. Levin foi um personagem de destaque na criação do Record Store Day, uma campanha desenhada para ressuscitar o setor e redefinir as percepções de um ramo em queda. Mas talvez a realidade tenha outros planos: a migração para o digital está se tornando mais agressiva, compradores mais recentes (e jovens) estão menos apegados emocionalmente às lojas de discos, e coisas como o vinil têm um alcance muito limitado.

Levin também tem aberto o jogo em reportagens locais, culpando em parte a si próprio por tentar uma sobre-expansão e bancar shows (caros) ao vivo dentro da loja. Mas essas são coisas que empreendedores agressivos fazem, apesar dos riscos. “É o que todo negócio pequeno tem que fazer, crescer mais e mais,” disse Levin ao noticiário televisivo local 11 Alive News. “E nós o fizemos.”

Mas a Criminal era como uma instituição, e isso levanta algumas questões alarmantes sobre pra onde outras lendas do varejo de discos estão indo. Será que há espaço mesmo para um pequeno nicho no mundo?