sexta-feira, 1 de julho de 2011

Jim Morrison: Morte completa 40 anos ainda envolta em mistério

Parada cardíaca? Overdose? Complô de CIA? Encenação? Quarenta anos depois da morte de Jim Morrison, encontrado sem vida em 3 de julho de 1971 na banheira de sua residência em Paris, as circunstâncias do caso continuam sendo um mistério.

Condenado nos Estados Unidos por "exibição indecente", o vocalista do grupo The Doors se exilou em Paris durante a primavera de 1971. Brigado com o grupo, se reuniu com a namorada Pamela Courson com a intenção de dedicar-se à poesia. Mas a saúde daquele que já havia sido considerado um sex-symbol e se tornara um alcoólatra obeso estava em rápida deterioração.

Na manhã de 3 de julho, foi encontrado morto na banheira de sua casa parisiense. Ele tinha 27 anos e, segundo a polícia, foi vítima de um ataque cardíaco.

Apesar dos antecedentes de Morrison, a polícia não fez uma necroposia. O empresário do The Doors, Bill Siddons, pegou o primeiro avião para a capital francesa, mas quando chegou o caixão estava fechado. A tese oficial foi a de Pamela Courson, de que o cantor morreu durante a noite em casa. Mas a garota apresentou duas versões diferentes e às vezes incoerentes até sua morte, por overdose, quatro anos mais tarde.

O cantor foi sepultado em 7 de julho no cemitério parisiense de Père-Lachaise na presença de apenas cinco pessoas. A notícia da morte, que se espalhou pelo mundo, demorou dois dias para receber confirmação oficial.

Em "The Doors, a verdadeira história", do jornalista Jean-Noël Ogouz, Bill Siddons explica que as pessoas ligadas a Morrison tentaram "evitar o circo montado após as mortes de Jimi Hendrix e Janis Joplin". Mas todos os ingredientes estavam reunidos para as especulações e teorias da conspiração sobre as causas da morte de Morrison.

Em 1983, um jornalista britânico implicou a CIA em um vasto complô que pretendia eliminar grandes figuras da contracultura. Outros citam o serviço secreto francês ou uma conspiração sionista. As teses, 40 anos depois, continuam sendo debatidas na internet.

O jornalista e escritor Sam Bernett contesta a tese de parada cardíaca e acredita que o ídolo do rock foi vítima de overdose. Em um livro publicado em 2007, Bernett afirma que Morrison não morreu em sua banheira, e sim no banheiro da discoteca parisiense "Rock'n Roll Circus".

"Lá estava Jim Morrison, com a cabeça entre os joelhos, os braços soltos (...) Rosto cinza, os olhos fechados, com sangue no nariz, uma baba esbranquiçada ao redor da boca, levemente entreaberta, e na barba", escreve em "Jim Morrison, a verdade".

Segundo o escritor, um médico constatou a morte do cantor e dois homens de quem Morrison havia acabado de comprar drogas o arrastaram para um táxi, que o levou até sua sua. Por medo do escândalo, o dono da discoteca preferiu não avisar a polícia.

"E se Morrison estivesse vivo?", chegou a questionar o tecladista do The Doors, Ray Manzarek. Ao citar uma conversa que teve com o vocalista um ano antes da morte, Manzarek declarou a um jornal inglês que se perguntou se o amigo não teria encenado a morte para passar a viver no anonimato.

Atualmente, um simples busto com o nome de Jim Morrison é um dos túmulos mais visitados do cemitério de Père-Lachaise, onde também estão sepultados Chopin, Marcel Proust e Oscar Wilde. O local está repleto de frases que homenageiam o ícone do rock dos anos 1960.

Várias empresas organizam programas de várias horas por Paris para seguir os passos do cantor, incluindo sua casa, os cafés preferidos. A revista americana "Doors Collector" oferece um pacote de uma semana por R$ 1.405 (US$ 900), sem contar as passagens.


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