Por Liz Tracy do Broward Palm Beach New Times
Traduzido por Nacho Belgrande
NIKKI SIXX é alguém que você pode imaginar como não sendo muito centrado e controlado, ainda que ele seja muito dos dois. Talvez você só o conheça como o co-fundador do Mötley Crüe, um deus do Metal, um homem de cabelo espetado, alguém que freqüentava o consultório do ‘Dr. Feelgood’. Mas Sixx é também pai de quatro filhos, fotógrafo desde 1998, uma personalidade internacional do rádio, e um cara de mentalidade clara e superocupado.
Esse astro do rock com tatuagens de caveiras e um cavanhaque torto também é um autor de Best-sellers da lista do «jornal estadunidense» New York Times. Seus livros, The Heroin Diaries, The Dirt «co-escrito com os membros do Crüe» e This Is Gona Hurt: Photography and Life Through the Distorted Lens of Nikki Sixx foram todos sucessos. O Crüe ainda está excursionando, celebrando 30 anos no palco, e Sixx também está fazendo música com o SIXX: A.M., cujo lançamento recente, This Is Gonna Hurt, é o complemento do livro de fotografias.
Sixx até tem sua própria linha de roupas, a Royal Underground, com Kelly Gray, filha dos criadores da antiga marca de roupas St. John, misturando tecidos finos com uma estética ‘punk’ de Los Angeles. Basicamente, o corpo e a mente de Sixx são como uma loja de departamentos para todas as entidades culturais. Talvez na próxima ele lance uma linha de perfumes ou talvez uma pasta de dentes cor de sangue para crianças. Seja lá o que for, com certeza será um sucesso.
Preparando-se para a visita do Crüe ao Hard Rock, nós falamos com Sixx sobre os caras que trazem cruzes aos shows, porque ele lê a Newsweek, e sangue, sangue, sangue, claro.
New Times: Em seu novo livro, você é bem aberto sobre como nenhum dos membros do Mötley Crüe sequer já visitou a casa um do outro. Isso mudou desde que você lançou o livro? Vocês são grande amigos?
Não, não. Você sabe, é como estivéssemos em casa, e vivemos juntos na estrada por meses duma vez, e vamos pra casa, e eu sou muito, muito, muito sistemático. Eu faço sete programas em quatro dias, um programa de rádio, sempre fotografando, trabalhando em outro livro. Envolvido no Mötley em um milhão de níveis diferentes, tal como os outros caras. Não é muito... tipo vamos nos encontrar pra fazer um churrasco. Chega o domingo, eu estou passando tempo com meus filhos. Eu acho que é uma concepção errada que as pessoas pensam que as bandas de rock passam o tempo todo juntas, mas não é diferente da maioria das pessoas: quando você sai do trabalho na sexta-feira, você vai ficar de bobeira na casa do seu chefe nas Segundas, Terças, Quartas, Quintas e Sextas à noite depois do trabalho? É um pouco de folclore que vocês ficam o tempo todo juntos.
Seu livro tem muitas fotografias excelentes no estilo da Diane Arbus. Você tirou fotos de coisas e pessoas que o mainstream considera feias mas que você considera belas. Você pode falar mais de sua estética?
Eu acho que todo mundo tem uma história e que hoje na sociedade, estamos pegando frascos vazios e fingindo que eles estão cheios. Estamos baseando muito de nossos comentários sociais no TMZ, revista People, US Weekly – o que meio que baixa o nível. E parte do meu papel na vida é trazer o padrão musicalmente, visualmente, na performance e na produção, e como fotógrafo, expondo coisas que talvez os outros apenas digam, “Bem, eu estou muito mais feliz com Kim Kardashian e lendo a People”, quando eu penso, “Porque você não lê a Newsweek e olha algumas das fotos e talvez lhe ocorra que as pessoas tenham passado por coisas que você nunca passou?” e percebam que, na vida real, existem heróis lá fora que realmente são, como eu disse, mais do que frascos vazios.
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