Marky Ramone nasceu no Brooklyn, em Nova York, mas não seria tanta besteira dizer que seus laços com o Brasil parecem estar fortalecidos. O ex-baterista do Ramones não mora aqui, mas já veio diversas vezes ao país, e está novamente em território nacional para lançar uma linha de óculos. Ele comandará as pick-ups em festa fechada nesta terça, 31, em São Paulo.
O músico vem ao Brasil desde a década de 80, época em que assumia as baquetas do Ramones, e continuou marcando presença por aqui mesmo depois do fim de banda (que aconteceu há 15 anos, após o lançamento do álbum ¡Adios Amigos!, de 1995) - tanto para shows quanto para DJ sets. "Quando eu estiver cansado de vir, meu corpo dirá", brinca, em entrevista à Rolling Stone Brasil. "Tenho tantos fãs por aqui que é sempre um prazer. Desenvolvi uma relação com eles por sempre ter vindo para cá."
Marky se juntou ao Ramones em 1978, com a saída do baterista Tommy Ramone. Com a banda, tocou até 1983 - problemas com álcool o afastaram dos integrantes, tendo sido substituído por Richie naquele ano. Em 1987 retornou aos companheiros de punk rock e com eles permaneceu até o fim do grupo. Hoje, é o único integrante vivo da famosa formação (o vocalista Joey, o baixista Dee Dee e o guitarrista Johnny morreram, respectivamente, em 2001, 2002 e 2004).
O baterista comenta sobre o punk rock surgido nos anos 70 e sobre a amizade com outras bandas, mas não nega a influência dos Ramones nos demais nomes da cena nos Estados Unidos e no Reino Unido. "O punk norte-americano começou no CBGB, era mais diversão e entretenimento, enquanto que o punk da Inglaterra era mais voltado à temática política", explica ele. "Existiam ótimas bandas. Blondie, Heartbreakers, Sex Pistols, Clash, Buzzcocks. Havia competição, mas éramos todos amigos. No final, eles tinham os Ramones como base, tendo acrescentado depois tempero próprio."
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