segunda-feira, 18 de abril de 2011

Músicos falam sobre Max Cavalera

A edição de agosto de 2007 da Roadie Crew trouxe, em parceria com a publicação argentina Jedbangers, uma entrevista especial com Max Cavalera.
Além da matéria com o líder do SOULFLY, a revista brasileira chamou músicos renomados para uma homenagem a Max e ao SEPULTURA. Confira abaixo alguns dos depoimentos:

Lemmy Kilmister (MOTÖRHEAD)

“Max Cavalera é um homem muito importante. Ele, ao lado do Sepultura, foi o primeiro brasileiro no Metal a realmente tocar fora do Brasil e ganhar uma grande e fanática legião de fãs estrangeiros. Nós os conhecemos em 1991 quando tocamos juntos, e logo percebemos que eles eram arrogantes filhos da puta assim como nós!!! Desde então, tocamos com Max, Sepultura, depois o Soulfly, e aí Sepultura com Derrick Green nos vocais. Max e todos eles sempre fazem um show espetacular, e levam os fãs à loucura. O que mais pode ser dito? Saudações a eles e a vocês.”

Kiko Loureiro (ANGRA)

“Quando penso em Max Cavalera, penso em Sepultura e tudo o que esta banda sem precedentes no Brasil trouxe de bom para o nosso meio. Max e Sepultura mostraram ao mundo que aqui é possível nascer uma banda de estilo único, genuíno, brasileiro, com nosso canibalismo cultural, misturando as influências externas com nossa música. Mostrou que é possível, com muita luta, sair de sua cidade e caminhar para o mundo lado a lado com os grandes, americanos ou europeus. Foi um trabalho de ‘quebra pedra’, e hoje nós do Angra, Krisiun, Korzus, Torture Squad, e outras bandas que contam com prestígio fora do Brasil, usufruímos deste legado deixado por eles. Sempre quando falamos que somos uma banda de Metal brasileira, o olhar não é de espanto, como quem espera um sambista-capoeirista-boleiro tomando café e comendo banana. A expectativa é sempre de música criativa, inovadora e exótica. Agradeceremos eternamente à importância da história e das conquistas de Max e Sepultura.”

Vinnie Paul (HELLYEAH, ex-PANTERA, DAMAGEPLAN)

"Max é Metal! Tivemos o prazer de contar com Sepultura e Soulfly em turnês com o Pantera, e eles detonavam todas as noites. Max escreve letras fortes, e as interpreta com convicção e paixão. Seus riffs são destruidores, e ele sempre teve um som de guitarra fantástico. Em síntese, Max é um deus do Metal, que respira e vive este estilo todos os dias. Ele e suas bandas colocaram o Brasil no mapa do Heavy Metal mundial e trouxeram um novo toque tribal à cena. Então, aqui vai para Max: ‘Dente preto meu irmão’."

Mille Petrozza (KREATOR)

“Eu e Max nos conhecemos em 1985, e ele foi o meu primeiro grande amigo no Brasil. Naquela época o nome que ele utilizava era ‘Max Possessed’, e nos correspondíamos por cartas. Em um destes contatos, Igor desenhou e me enviou uma camisa do Sepultura. Jamais me esquecerei disso. Max ainda é um bom amigo, e não mudou em nada com o passar dos anos em relação à sua simplicidade. Sempre que nos encontramos em festivais, conversamos, lembramos dos velhos tempos, e nos divertimos. É muito bom reencontrá-lo. Max é um dos músicos mais criativos e humildes do Metal. Uma lenda viva.”

Kelly Shaefer (ATHEIST, NEUROTICA, UNHEARD)

"Max Cavalera é uma lenda viva, facilmente um dos artistas mais influentes do Metal. Quando nos encontramos pela primeira vez durante as gravações de 'Beneath The Remains', tive a felicidade de trabalhar com ele em uma música chamada 'Stronger Than Hate'. Escrevi algumas letras, e o ajudei na pronúncia, porque naqueles tempos ele não falava inglês nem de perto bem como o faz atualmente. Quando ouvi o resultado daquele disco, pirei com a qualidade da música do Sepultura. Eles tinham ótimos riffs, uma bateria muito pesada e intensa, e essas características unidas eram notáveis. Acho que desde então, Max influenciou muitas e muitas bandas, e vários grupos da atual cena Metal devem uma gratidão enorme a ele. Tenho total respeito por Max e suas bandas, inclusive o Soulfly. Tiro o meu chapéu a ele.”
O artigo também traz depoimentos de Vitor Rodrigues (TORTURE SQUAD), L.G. Petrov (ENTOMBED), e David Vincent (MORBID ANGEL).

Na entrevista, Max Cavalera fala de reunião com o SEPULTURA, questões judiciais acerca do uso do nome da banda, sua relação com a bandeira do Brasil, dificuldades com a imprensa brasileira, sua prisão no Hollywood Rock de 1994, o governo Lula, a carreira e o futuro do SOULFLY, a cena do Metal brasileiro nos anos 80 com DORSAL ATLÂNTICA, OVERDOSE, VULCANO, etc., e o reencontro e o novo projeto com o irmão Igor Cavalera.

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