terça-feira, 16 de agosto de 2011

Elvis: Aos 34 anos da morte, 15 mil pessoas fazem vigília em Memphis

Tennessee - Uma silenciosa multidão em luto com as cabeças baixas e velas nas mãos prestou suas homenagens a Elvis Presley, em Graceland, seu antigo lar em Memphis, para lembrar o 34º aniversário de sua morte súbita. Milhares de devotos visitaram os túmulos de Elvis e seus parentes, alguns enxugando as lágrimas enquanto caminhavam. Arranjos de flores e grinaldas em forma de coração decoravam o local enquanto "If I can dream" e outras músicas eram tocadas suavemente ao fundo.

A vigília começou à meia-noite e seguiu pela manhã de terça-feira, marcando o aniversário da morte do Rei, em 16 de agosto de 1977. A vigília é a atração principal da "Semana Elvis" e alguns esperam horas fora da mansão pelo início da procissão.

Paula Penna veio com sua família de Campinas, Brasil, para sua sexta vigília. Penna, que conheceu o marido em um fã-clube de Elvis, chorou e abraçou sua irmã e tia depois de prestar seus respeitos. Ela disse que as músicas de Elvis ajudaram sua família a passar pelos bons e maus momentos da vida. Todos os quatro têm tatuagens do cantor.

"A música de Elvis mantém a família unida", disse Penna, que também nasceu no dia 16 de agosto e comemora seu aniversário de 27 anos nesta terça. "Eu prometi vir todos os anos para homenagear Elvis, porque ele é muito importante para a vida familiar."

Fãs como Joe Makowski, de 60 anos, que afirma ter visto 81 shows de Elvis, e sua namorada, Pamela Hembree, estavam entre os primeiros na fila e esperaram horas ao longo do muro de tijolos de Graceland. Nascido em Nova Jérsei, ele tem quatro cachecóis usados por Elvis em shows e já participou de várias vigílias.

"Eu conheço novos fãs, é por isso que fico na fila no início do dia", disse Makowski, que ia para Las Vegas duas vezes por ano entre 1971 e 1976 para ver Elvis cantar. "O melhor para mim é ver os jovens que não eram nascidos até anos depois de sua morte."

Makowski disse que admira Elvis por causa de sua habilidade de cantar, é claro, mas também pelo estilo do intérprete.

"Ele me ajudou a sair da minha concha, porque eu era uma espécie de garoto tímido", disse Makowski, um ator que agora vive em Palm Harbor, Florida.

Visitantes vieram do Japão, Inglaterra, Alemanha e outros países. Alguns usavam fantasias completas de Elvis, outros apenas óculos ou costeletas. Patrick Lucas usava costeletas e um topete enquanto caminhava para a vigília com um grupo de fãs de Elvis do Alabama. Hunter, de 22 anos, veio de Ehlange-sur-Mess, em Luxemburgo, para a vigília.

"Eu tento ser como ele, da maneira como ele era gentil com as pessoas", disse Lucas. "Ele era uma pessoa solidária".

A temperatura ficou em torno dos 30 graus durante quase todo o dia, bem abaixo dos sufocantes 38 graus que receberam os fãs no ano passado. Mais de 15 mil pessoas compareceram, segundo estimativas da polícia - nada perto dos 75 mil aguardados para 2012, quando se completa o 35º aniversário da morte do cantor.

A vigília anual começou quando alguns fãs de Elvis viajaram para Graceland no ano em que seu ídolo morreu e se transformou em um evento organizado em 1982. Este ano, os fãs têm outra coisa para comemorar. Foi há 55 anos (1956) que os dois primeiros álbuns de Elvis foram lançados. Só nesse ano, o Rei do Rock vendeu 10 milhões de singles e 800 mil LPs. Glenys Sites disse que ainda lembra quando viu Elvis cantar "Love Me Tender" pela primeira vez.

"Ele tem tudo - presença de palco, carisma, uma grande voz, ele era sexy", disse Sites. "Nunca houve ninguém como ele. Acho que ele nunca vai morrer."

Muitos ainda se lembram onde estavam quando descobriram que o cantor estava morto. Debbie Moller diz que estava sentada no sofá quando sua irmã a chamou naquele dia de agosto de 1977. Ela não acreditou na irmã e ligou o rádio.

"Eu gritava sem parar", disse Moller, que vende camisas de Elvis e participou de sua 15ª vigília. Como muitos que fazem a caminhada até o morro para ver o túmulo de Elvis e de seus pais, Moller esperava se emocionar.

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