segunda-feira, 11 de julho de 2011

George Lynch: Como ele quase entrou pra banda de Ozzy


O jornalista Jeb Wright, do site Classic Rock Revisited realizou uma entrevista com o master shredder da guitarra de toda uma geração, GEORGE LYNCH. Alguns trechos traduzidos da entrevista podem ser lidos abaixo.

Jeb: Última pergunta – você realmente fez teste pra banda de Ozzy quando Randy Rhoads também fez?

George: Eu quase entrei por três ocasiões, falando sério. Eu era um dos poucos sendo considerados.
A vez mais séria foi quando eles me mandaram de avião até a Escócia e eu excursionei com a banda por um curto período. Eu ensaiei com eles no Texas e daí voltamos pra Los Angeles. Eles tinham mais uma pessoa que eles queriam dar uma olhada, como uma formalidade, e essa pessoa era Jake E. Lee. Eles acabaram escolhendo ele e não a mim.

Jeb: Eu curto muito os discos em que Jake tocou, mas eu teria amado escutar você tocar com eles.

George: Foi uma excelente escolha. Eles não a basearam na execução musical porque ele não tocava muito bem. Eu tenho falado com ele sobre isso por várias vezes. Foi baseado no visual dele. Ele tinha cabelo até a bunda e vestia couro. Ele tinha um visual fabuloso e ele se mexia muito bem no palco e era isso que eles queriam.

O Madman e Jake E. Lee
Tommy Aldridge e eu falamos a respeito disso porque ele era contra me ter na banda, o que foi um elemento muito crítico sobre a decisão deles. Tommy disse que eu era muito personalista e não era o tipo de cara que se encaixa bem tocando coisas de outras pessoas, o que é muito verdade. Eu não sou o cara certo pra sentar e tocar em volta de uma fogueira porque eu não conheço outras músicas. Eu só escrevo o meu lance e faço o meu próprio lance.

Eu não tinha onde cair morto e estava vivendo num minúsculo apartamento com meus dois filhos e minha esposa. Eu estava dirigindo um caminhão de entregas. Eu entregava bebida em uma parte muito ruim da cidade.

Eu larguei meu emprego para ir pra banda de Ozzy e eles não me pagavam um centavo. Eles diziam que estava tudo certo e que eu estava dentro. O que eles acabaram me oferecendo foi 200 dólares por semana, o que era duas vezes e meia menos do que eu estava ganhando antes. Foi realmente triste.

Eles não sentaram comigo ou coisa do tipo. Ozzy estava em outra sala noiando com ele mesmo. Ele se virou e disse, ‘Ah, a propósito, nós não vamos mais precisar de você. Encontramos outra pessoa. Tchau e boa sorte.’ Meu coração afundou. Eu caminhei pra fora do prédio e derramei uma lágrima e minha esposa me disse que tudo daria certo.

Nós voltamos pra casa e eu achamos uma notificação de despejo na porta de nosso apartamento. Acabamos tendo que ir morar com os pais dela e eu arrumei emprego com uma empresa fazendo a mesma coisa de antes. Daí veio o Dokken e o resto é história.
George Lynch se apresenta no MANIFESTO BAR em São Paulo no próximo dia 25 de Setembro.

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