JOE ELLIOTT admite que o DEF LEPPARD se sentiu como um bando de velhos deslocados quando foram ao KERRANG AWARDS em Londres, na sexta-feira passada.
Mas, ao fim da noite, quando eles tinham sido agraciados com o Inspirational Award, eles se sentiram em casa.
E Elliott diz que uma das coisas que mantém a banda ativa é a habilidade de continuar tocando shows grandes – aceitando que eles poderiam não ter vontade de continuar se fossem forçados a diminuir.
Ele diz à revista britânica KERRANG!: “Estávamos sentados à mesa assistindo essas bandas irem e virem, e dizendo ‘Eu já ouvi falar deles, não ouvi falar desses, ouvi falar desses mas não ouvi nada deles…’
“As bandas jovens estavam fazendo seus comentários no palco e a gente dizendo, ‘Teríamos dito isso 30 anos atrás – não diríamos agora.’
Ficamos imaginando se nós nos encaixávamos naquele ambiente. Mas daí eles dão a OZZ OSBOURNE seu Legend Award e quando entramos na categoria mais velha, por assim dizer, o humor mudou pra melhor.”
“O THE DARKNESS subiu ao palco para nos apresentar e houve uma compilação de um minuto de imagens nossas. Todo mundo começou a cantar as músicas. Ficamos pensando, ‘Wow, isso é um pouco estranho’. Daí recebemos uma ovação de pé – eu não estava esperando aquilo”
“Ao fim da noite nós nos sentíamos à vontade. O BRING ME THE HORIZON quis tirar fotos conosco. Devemos ter feito algo certo nesses nossos 34 anos para ter esse respeito. Foi muito lisonjeiro”
O Def Leppard obteve um nível de respeito que os mantém voltando aos eventos de grande repercussão como o festival de DOWNLOAD. E Elliott admite que eles não estariam mais juntos se esse não fosse o caso.
Ele diz: “Se fôssemos uma daquelas bandas que acaba tocando em pequenas casas noturnas porque seria tudo que pudéssemos fazer, a vontade iria embora, sim.”
“Fizemos um show de aquecimento no Islington Academy em Londres em 2008. Uma resenha dizia, ‘Joe Elliott parecia completamente deslocado – ele estava olhando a média distância como se ele não soubesse onde estava"
“Pelas primeiras duas músicas, isso estava certo. Eu não tinha ideia: ‘Wow, eu posso ver o branco dos olhos deles… lá atrás! ’ Você tem que mudar seu personagem. Você não pode esticar o pedestal do microfone pra frente – você arrancaria o olho de alguém.”
Mas os fãs que querem ver o Def Lep em um espaço mais intimista não precisam perder as esperanças. “Eu não posso dizer que não o faremos de novo”, diz Elliott. “Te perguntam, ‘Você quer tocar na festa de Natal de alguma estação de rádio? ’ E você diz, ‘Sim, tocaremos. ’ Você nunca sabe.”
Ontem à noite foi a segunda aparição da banda no Download Festival em dois anos, depois de eles terem fechado o que é considerada uma das melhores edições da história de Donington em 2009.
O vocalista aceita que sempre haverá certo nível de crítica em relação às canções que eles escolhem tocar, mas insiste que o set list de um festival tem que ser almejado ao ouvinte casual.
Ele diz ao site Rock AAA: “Uma minoria de nossos fãs tweeta coisas como, ‘Porque vocês não tocam ‘On Through The Night’ inteiro? ’ Porque ninguém vai conhecer aquelas músicas, eis por que. Se eu vou ver os ROLLING STONES, eu iria querer ouvir ‘Brown Sugar’.”
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